21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
A data virou símbolo da luta contra a intolerância religiosa por conta da morte da Iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda de Ogum da Bahia, que sofreu diversos ataques, que culminaram em seu falecimento no dia 21 de janeiro de 2000.
A fundadora do Ilê Asé Abassá, teve sua casa e terreiro invadidos por um grupo de outra religião e foi injustamente caluniada, perseguida e agredida física e verbalmente junto com o marido, ela morreu, vítima de um infarto fulminante.
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído pela Lei Federal nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, após a morte da Iyalorixá baiana. No país, a Constituição Brasileira, em seu Artigo V, Inciso VI, preconiza que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias, entretanto, o racismo, a desinformação, o preconceito, a discriminação e a intolerância continuam sendo os principais motivos do desrespeito as religiões.
Segundo a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, que registrou no primeiro semestre de 2024, 1.940 denúncias de violações de liberdade religiosa no país, as religiões de matriz africana são os principais alvos de discriminação: dos 575 casos em que houve identificação da vítima, 276 envolveram adeptos de religiões afro-brasileiras.
Que o dia de hoje sirva para lutar por justiça pela morte de Mãe Gilda e para combater todo tipo de preconceito existente em torno da intolerância religiosa.
Assessoria de Imprensa ADUFPel