1ª Semana da Mulher Negra de Pelotas acontece entre 26 e 30 de julho
Na semana que vem, entre os dias 26 e 30 de julho, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Pelotas - RS realiza a 1ª Semana da Mulher Negra de Pelotas - "Eu Preta, Tu Preta, Nós as Pretas Pelotenses”. As lives pelo Facebook terão como foco o feminismo negro, saúde física e mental e educação antirracista das mulheres negras. Acompanhe a página do conselho para conhecer a programação.
O evento tem como objetivo dar visibilidade para a mulher negra e fortalecer sua representatividade em todos os espaços, com equidade e respeito. “Além de oportunizar a reflexão sobre tudo que somos, sobre os passos que já demos e o que ainda vamos dar. Com foco no futuro, com estratégias, efetivação de políticas públicas e promoção de sororidade entre as Não Negras, unificando a pauta e as lutas”, explica o texto de divulgação.
Para isso, propõe três eixos nesta primeira edição: Feminismo negro, Saúde (física e mental); Educação antiracista das Mulheres Negras (foco no genocídio de jovens negros e negras periféricos).
Dia de Tereza de Benguela
25 de julho é marcado pelo Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, desde 2014, também marca o Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Benguela foi uma liderança quilombola no século XVIII, e comandou durante duas décadas a resistência do quilombo Quariterê, na região do Mato Grosso. O dia, desse modo, busca ressaltar a luta das mulheres negras contra as discriminações de raça e de gênero.
O Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado após o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, em 1992. Já o Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra foi instituído pela Lei 12.987/2014.
“Em julho, honramos o Dia de Tereza de Benguela, para a discussão das desigualdades de gênero e raça, e das Pretas que nos antecederam e deixaram legados históricos, como da Griô Sirley Amaro e de tantas outras pretas. Para a mulher negra, nunca houve um dia de festa, flores, cuidado e aconchego. Vivemos num mundo que não enxerga a mulher negra pela pessoa que é, mas pelos recursos que fornece, pelas ferramentas que oferece. A mulher negra ainda é a carne mais barata do mercado, o gadget mais útil da loja. Mas o Julho… É delas. Por ela, o mês é todo delas”, afirma a organização do evento.
Confira a programação:
Assessoria ADUFPel