O 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN teve início na manhã deste sábado (12), no auditório do Centro Cultural da Associação dos Docentes da Universidade (ADUnB), em Brasília (DF), que tem como tema único “CSP- Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central”. Em um contexto de cortes e ataques constantes à educação pública, a plenária de abertura foi marcada pelo discurso que alerta para a importância da defesa da democracia, do fortalecimento das instituições públicas e da unidade.

A mesa da plenária de abertura foi composta pelos seguintes: Rivânia Moura – Presidenta do ANDES-SN; Regina Avila – Secretária-geral do ANDES-SN; Amauri Fragoso - 1º tesoureiro do ANDES-SN; Neila Nunes de Souza – 1º vice-presidenta da Regional Planalto; Além da presidenta da Adunb – Eliene Novaes, Paulo Barela – representante da CSP-Conlutas; Márcia Abreu da Silva – representante da Fasubra; Davi Lobão – representante do SINASEFE; Mateus Magalhães, representante da Auditoria Cidadã da Dívida; Caio Sad, representante da FENET; Isís Mustafá, da UNE, Mona Rodrigues, da UnB e Edmilson Rodrigues, Sintfub.

O encontro começou com a apresentação cultural de samba, ciranda e maracatu da recifense Martinha do Coco Paranoá e continuou com a plenária de abertura e de instalação. Dando continuidade às atividades previstas, a presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura apresentou a plenária de abertura.

‘’Já fizemos vários debates sobre a CSP, em Conads e Congressos, e estamos neste momento para realizar um novo balanço, atendendo a deliberação do 40º Congresso. É muito importante utilizarmos esse espaço para pensar a construção da unidade tendo como referência a história e os princípios deste sindicato, assegurando a condição das decisões pautadas a partir da base da nossa categoria’’, iniciou Rivânia.

Tarde

A programação da tarde iniciou com a Plenária do Tema I, debate sobre Conjuntura e Movimento Docente. Francieli Rebelatto, professora da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA), segunda secretária do ANDES-SN que presidiu a mesa, abriu as discussões reiterando a importância, na atual conjuntura, da continuidade da defesa de um estado democrático.

“É importante nos mantermos em luta pela democracia, mais do que isso para recuperarmos os nossos sonhos por uma sociedade mais justa e igualitária. Neste último período, temos reafirmado que era e é necessário, vencer o bolsonarismo nas urnas e nas ruas e foi nas ruas que o ANDES se manteve em marcha como bem expressou o vídeo que acabamos de assistir e seguiremos”, disse a docente. 

E complementou, afirmando: “porque quem melhor analisa a conjuntura política, melhor tem condições de intervir na realidade e temos certeza que este é o compromisso coletivo que todos, todas e todes temos aqui”.

Na leitura do caderno de textos, sobre “Conjuntura e movimento docente: fortalecer o ANDES-SN e a CSP-Conlutas para garantir direitos”, a secretária geral da ADUFPel, Celeste Pereira salientou que no atual cenário a seção sindical tem concordância com boa parte da avaliação de conjuntura internacional que a diretoria apresentou.

“Vamos nos deter um pouco mais com o que está acontecendo aqui conosco, sem desconsiderar, por óbvio, que o

processo de crise que vive o capital hoje, ele tem os seus desdobramentos em todos os espaços. Nós entendemos que a vitória do Lula nesse segundo turno foi uma vitória importante, pois foi uma disputa com a grande máquina, se em números ela parece pequena, do ponto de vista político a gente sabe que não. Por outro lado, para nós é nítido que o que está por vir não será fácil. A gente já está vendo como está se comportando a equipe de transição e sabemos dos acordos que já estão sendo firmados. Estamos vendo uma perspectiva de reeleição do Lira, que o teto de gastos não vai ser mexido, temos a compreensão que a PEC 32 deve ser aprovada. Dentro do debate da Educação todo o setor empresarial está fazendo o debate, nós sabemos que o que vem pela frente não é pouca coisa”, assegurou Celeste.

E finalizou sua fala alertando: “não derrotamos o bolsonarismo, a disputa real para nós será no campo da classe trabalhadora, somos nós na rua que poderemos ou não fazer a diferença nesse processo.

Às 17h30, as e os docentes saíram em caminhada para participarem de um “Ato em defesa da democracia e pela luta antirracista no Brasil: Com Racismo, não há democracia” na Praça Chico Mendes da Universidade de Brasília (UnB). Além de falas sobre a relevância de aprofundar o debate sobre o tema, poemas e músicas de resistência também fizeram parte do momento de luta.

O encerramento do dia de hoje se deu com o encontro dos grupos de trabalho para realizar o debate de mérito, sobre a permanência ou a saída da CSP-Conlutas, que deve sinalizar como o 41º Congresso do ANDES-SN, instância máxima de deliberação da categoria filiada ao Sindicato Nacional, que vai acontecer em fevereiro no Acre, vai definir a questão.

Delegação da ADUFPel-SSind

A ADUFPel-SSind está presente no Conad, representada pela secretária geral, Celeste Pereira e a primeira secretária, Elaine da Silva Neves. A participação dos docentes foi deliberada em Assembleia Geral da categoria. 

Sobre o Conad

Estão presentes no 14° Conad Extraordinário 236 pessoas, sendo 71 delegados e delegadas, 126 observadores e observadoras, 31 diretores e diretoras, 8 convidados e convidadas. Representantes de 77 seções sindicais do ANDES-SN participam do evento.

O Conad é uma instância deliberativa do ANDES-SN. Entre as suas atribuições, estão a implementação de decisões retiradas do último congresso do sindicato; a análise de relatórios financeiros, prestação de contas e previsões orçamentárias da entidade; e a criação de comissões ou grupos de trabalho. 

Assessoria ADUFPel, com informações do ANDES-SN