ADUFPEL - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas

Logo e Menu de Navegação

Andes Sindicato Nacional
A- A+

Notícia

24J: As ruas exigem Fora Bolsonaro

No dia 24 de julho, a população de 471 cidades do Brasil e outros 17 países clamaram pelo fim do governo genocida de Jair Bolsonaro. Este foi o quarto dia nacional de protestos de 2021, que também pautou a defesa da saúde e da educação públicas e de auxílio emergencial digno, a contrariedade às privatizações e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 - da Contrarreforma Administrativa. 


Sair às ruas, em um momento como este, torna-se imprescindível enquanto faltarem comida e vacina, os serviços públicos estiverem sob ameaça e as vidas de milhões de brasileiros e brasileiras comprometidas. 


Dos 426 atos registrados, um deles ocorreu em Pelotas. Novamente, a Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas de Pelotas tomou a dianteira na organização da mobilização no município e convocou todos para o protesto que iniciou às 10h30 no Largo do Mercado Público, deslocando-se em uma marcha até o Altar da Pátria. 


Os e as pelotenses têm endurecido cada vez mais a luta em defesa, também, de políticas públicas de imunização efetivas, baseadas na ciência, conforme alerta a presidente da ADUFPel-SSind, Regiana Blank Wille: “Foi mais um dia de sairmos às ruas e mostrarmos nossa indignação com esse governo que, ao invés de proteger a população, ignora uma pandemia. Fomos nos manifestar contra a morte de mais de 550 mil pessoas que perderam suas vidas porque um governo genocida não quis comprar vacinas e ainda por cima tentou obter lucro sobre elas”. 


A categoria docente da UFPel e do IFSul-CaVG aderiu ao movimento para, segundo Regiana, como trabalhadores e trabalhadores, “dizer em alto e bom som que queremos ‘vacina no braço e comida no prato’, não apoiamos esse governo genocida, preconceituoso, homofóbico e misógino, que não cuida do seu povo, espalha fake News e recomenda remédios sem eficácia. Fomos às ruas para expressar que não concordamos com o que estão fazendo com nosso país, destruindo as universidades públicas, privatizando o patrimônio público! Nós fomos defender a educação e saúde pois não abrimos mãos!”. 


Atos pelo país

Para a presidente do ANDES Sindicato Nacional, Rivânia Moura, a classe trabalhadora sofre com as consequências do negacionismo diante da pandemia da Covid-19 e por isso é tão necessário ir para às ruas pedir o Fora Bolsonaro e Mourão, já que, mesmo diante da crise sanitária, o governo mantém uma política genocida, mais letal que o próprio vírus. ‘‘O modelo político imposto por Bolsonaro quer destruir os serviços ao privatizá-los para continuar promovendo um grande atentado à vida do povo brasileiro. Além da Educação Pública, a presença nas ruas afirma a vida acima dos lucros e se caracteriza como um dia nacional de luta contra a privatização das estatais que tem na mira mais recente os Correios, instituição indispensável para oferecer serviço ao conjunto do povo brasileiro que vai além da entrega de mercadorias e correspondência”, declarou a presidenta do ANDES-SN.


Ainda para Rivânia, entre as pautas do Sindicato Nacional, um dos motivos da mobilização é proteger a universidade pública, uma vez que o orçamento aprovado pela União para 2021 não garante sequer a sobrevivência das instituições. “O que nos leva, como ANDES-SN, às ruas é acreditar na nossa força, na nossa coragem, é saber que todas as conquistas históricas da classe trabalhadora foram vitórias da nossa luta”, ressaltou. 


Na capital do Rio de Janeiro, mais de 75 mil pessoas foram às ruas. Entre as pautas principais, a abertura do processo de impeachment, ampliação da vacinação contra a Covid-19 e aumento do auxílio emergencial. Na avenida Presidente Vargas, várias bandeiras do ANDES-SN compuseram o cenário em unidade com os diversos movimentos protestando em nome do povo brasileiro, da comunidade LGBT+, das pessoas com deficiência, de toda a classe trabalhadora e dos mais de 500 mil brasileiros que morreram de Covid-19. 


Rosineide Freitas, 2ª VPR Rio de Janeiro/UERJ, foi às ruas para juntar forças contra o governo Bolsonaro e mandou, de lá, o recado de que não haverá tréguas e as ruas serão constantemente ocupadas. ‘‘É preciso se mobilizar e fortalecer a unidade na luta. A cada novo ato, a classe trabalhadora toma as ruas do Brasil com o objetivo de demonstrar indignação e repulsa ao momento que atravessamos. A força das ruas vai derrubar Bolsonaro’’, ponderou Rosineide. 


Já no Paraná, trabalhadoras e trabalhadores de Curitiba, Cascavel, Guarapuava e Foz do Iguaçu realizaram os maiores atos pelo Fora Bolsonaro até agora. Fran Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN/UNILA, esteve presente na praça da Paz de Foz do Iguaçu e por lá ressaltou que a união das pessoas nas ruas é necessária para construir a resistência e amplificar o grito que ecoa das ruas, que é por pão, vacina, saúde e educação.


“Estamos vendo as pessoas cada vez mais pobres, partindo para a luta da moradia. A situação do País, nesse momento, exige a construção de uma grande greve geral, é preciso parar a produção e a circulação de pessoas em um País que matou mais de 500 mil pessoas. Iremos continuar resistindo”, disse.


Grito Fora Bolsonaro ecoa além das ruas do Brasil

No exterior, diversos atos em vários países ecoaram os gritos de Fora Bolsonaro. Em Dublin, na Irlanda, brasileiros foram até o memorial dos direitos humanos homenagear Marielle Franco. Em seguida, andaram até a embaixada brasileira para pedir o impeachment e questionar o embaixador.


Em Tóquio, onde nesse momento acontecem as Olimpíadas, faixas se misturaram à paisagem. Alemanha, Áustria, Espanha, Portugal, e mais de 35 cidades em vários países ecoaram o pedido do povo brasileiro pelo mundo. 


Jennifer Susan Webb Santos, 3ª tesoureira do ANDES-SN, esteve presente no ato em Lisboa, Portugal e de lá, mandou um recado também pelo Fora Bolsonaro.


A força das redes

Além das ruas, a mobilização foi intensa durante todo o dia nas redes. O ANDES-SN promoveu dois momentos de live durante o dia. O primeiro, pela manhã, foi realizado no Instagram e contou com a presença de Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, Rosineide Freitas, 2ª VPR Rio de Janeiro/UERJ, Luiz Blume, 3º secretário do ANDES-SN/UESC e Fran Rebelatto, 2ª secretária do ANDES-SN/UNILA, que pontuaram os motivos para ocupar as ruas neste #24J. 


Já no período da tarde, foi realizada uma live  no canal do YouTube, na qual os diversos dirigentes sindicais do ANDES-SN em todo o país trouxeram depoimentos e cenas de ruas tomadas pelo povo exigindo Fora Bolsonaro. 


O evento virtual mostrou que o dia nacional de protestos mobilizou a classe trabalhadora. A transmissão ao vivo foi encerrada com a leitura, pela presidenta do Sindicato Nacional, de um poema de Vladimir Maiakóvski que é também uma exortação à continuidade da luta até o final:


E então, o que quereis?

Fiz ranger as folhas de jornal

Abrindo-lhes as pálpebras piscantes.

E logo

De cada fronteira distante

Subiu um cheiro de pólvora

Perseguindo-me até em casa.

Nestes últimos vinte anos

Nada de novo há

No rugir das tempestades

Não estamos alegres,

É certo,

Mas também por que razão

Haveríamos de ficar tristes?

O mar da história

É agitado.

As ameaças

E as guerras

Havemos de atravessá-las.

Rompê-las ao meio,

Cortando-as

Como uma quilha corta

As ondas.


Acesse o álbum de fotos do ato em Pelotas em nosso site ou Facebook.

Fonte: ANDES-SN, com edição e inclusão de trechos de Assessoria ADUFPel 

Fotos: ADUFPel

Veja Também

  • relacionada

    876 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

  • relacionada

    Entidades dão continuidade aos preparativos do 3º Congresso Mundial contra o Neoliberalism...

  • relacionada

    Human Rights Watch denuncia violações de direitos humanos contra crianças em El Salvador

  • relacionada

    Mais de 9 mil estudantes palestinos já foram mortos pelos ataques de Israel na Faixa de Ga...

  • relacionada

    Servidores e servidoras do INSS entram em greve por tempo indeterminado

  • relacionada

    Novos ataques de fazendeiros atingem comunidades indígenas em três estados

Newsletter

Deixe seu e-mail e receba novidades.