25 de novembro é o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher
O Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, marcado em 25 de novembro de cada ano remete a uma homenagem às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas por se oporem à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana, onde foram assassinadas em 25 de novembro de 1960.
O Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, aprovou a data para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. A Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em 17 de dezembro de 1999, declarou que 25 de novembro seria o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, data também incorporada pela ONU (Organização da Nações Unidas).
A data se prova, ano após ano, mais necessária. Atualmente, o Brasil ocupa a 5ª colocação no ranking de feminicídio no mundo. O dado é do ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos). Uma mulher é morta a cada 6h no país, isso significa que tivemos um aumento de 5% nos casos de feminicídio em 2022 em comparação com 2021, aponta levantamento feito pelo g1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. São 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres - uma a cada 6 horas, em média. Este número é o maior registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.
Tipos de violência
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial, além de toda e qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal. “Essas formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada” explica o Instituto Maria da Penha.
Atividades de 25 de novembro em Pelotas
Neste sábado (25), a Frente Feminista 8M Pelotas, da qual a ADUFPel faz parte, irá realizar uma série de atividades que começam às 11h e encerram-se no final da tarde. A ação de luta integra a campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão em todo o mundo.
O ato “Boca na Tribuna” dá início às atividades do dia e acontece a partir das 11h no Chafariz do Calçadão, onde serão lembradas as quase 90 gaúchas assassinadas pela misoginia, dentre elas cinco pelotenses. Às 13h, uma marcha seguirá até o Mercado Central, onde haverá a “Exposição dos Sapatos Vazios: Onde estão elas?”. E, para encerrar, acontece, às 15h, no Mercado Central, uma roda de autocuidados.
Vamos às ruas novamente dizer “BASTA DE FEMINICÍDIOS, PAREM DE NOS MATAR!” e também lamentar por cada mulher assassinada em Pelotas, no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo.
Assessoria de Imprensa ADUFPel, com informações de 8M Pelotas e Brasil de Fato