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29 de Agosto é Dia da Visibilidade Lésbica

No sábado, 29 de agosto, é celebrado mais um Dia da Visibilidade Lésbica. A data marca o aniversário do 1º Seminário Nacional de Lésbicas, realizado no Rio de Janeiro em 1996. 


Em Pelotas, militantes, coletivos e movimentos sociais estão organizando, pela segundo ano seguido, as atividades da Semana da Visibilidade Lésbica Antirracista e Anticapitalista. Por conta da pandemia de Covid-19, as atividades são virtuais, e incluem debates por meio de lives, além de apresentações culturais. Toda a programação pode ser acessada por meio da página do Facebook da Semana.


Na segunda-feira (31), o programa Viração terá uma edição especial para tratar do tema. A psicóloga Aline Ramos, uma das organizadoras da Semana em Pelotas, é a entrevistada do programa. O Viração vai ao ar na segunda, às 13h30, na RádioCom 104.5 FM e também como podcast, no Anchor ou no Spotify.    


Dossiê sobre Lesbocídio

Em 2018, foi divulgado o Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil, do Núcleo de Inclusão Social (NIS) da UFRJ, e Nós: dissidências feministas. O documento, o primeiro e único no país que trata exclusivamente das violências cometidas contra lésbicas, demonstra o tamanho da luta que ainda deve ser feita para mudar a realidade da opressão no Brasil. 


De 2014 a 2017, 126 mulheres lésbicas foram assassinadas no território brasileiro. O dossiê aponta que a maior parte dos assassinatos foi executada por armas de fogo e grande número de disparos, seguida das mortes por facadas. Os números de morte e suicídio, segundo o dossiê, provavelmente são superiores aos revelados na pesquisa. A falta de dados institucionais públicos de mortes e das modalidades de violências dificultam a notificação dos casos de lesbocídio. Outro entrave para a sistematização dos números é a falta de capacitação e preparo dos agentes públicos.


A pesquisa revelou que quanto mais jovem a lésbica, maiores são as chances de morte. A faixa etária de 20 a 24 anos representou 34% de todas as mortes registradas no período pesquisado. Em seguida, o maior número de registros é a faixa que vai até os 19 anos, com 23% dos casos. Juntos, esses números representam 57% das mortes de lésbicas no Brasil. Em 55% dos registros de casos de lésbicas mortas, as lésbicas eram não-feminilizadas – que não correspondem aos estereótipos de feminilidades socialmente definidos.


Em 83% dos casos as lésbicas são assassinadas por homens. 70% dos homicídios são cometidos por pessoas conhecidas das vítimas. Essa pessoa geralmente é um amigo, um vizinho, um parente, alguém com quem ela ou a companheira já se relacionou.


Além dos casos de assassinatos, a pesquisa incluiu os casos de suicídios de lésbicas. Na concepção do dossiê, eles são considerados lesbocídios, uma vez que há privações de direitos limítrofes que levam algumas lésbicas ao suicídio. Entre 2014 e 2017, 93 lésbicas cometeram suicídio. Diferente dos casos de assassinato há uma incidência maior de registros de suicídio entre lésbicas feminilizadas, concentrando 73% do total dos suicídios estudados.


Assessoria ADUFPel com informações de ANDES-SN

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