29 de maio é marcado por protesto em Pelotas contra o governo Bolsonaro e Mourão
Durante a manhã e o início da tarde de sábado (29), Pelotas voltou a ser palco de protestos, somando-se a tantas outras cidades pelo país e pelo mundo que participaram do Dia Nacional de Mobilização por Fora Bolsonaro e Mourão. Dezenas de pessoas reuniram-se em frente à Prefeitura para reivindicar direitos e demonstrar descontentamento e indignação às políticas de destruição e morte, que vêm sendo ainda mais evidenciadas durante a pandemia.
Mesmo consciente dos riscos sanitários em promover atos públicos, a população esteve novamente ocupando as ruas em defesa da vida, por compreender que, neste momento, o governante do país é o que pode haver de mais ameaçador, sendo responsável direto pela situação que hoje está posta.
Organizado pela Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas (Frentão), o ato em Pelotas teve 3 horas de duração, no qual foi expressa, em cartazes, faixas e falas, contrariedade aos governos federal, estadual e municipal, à Reforma Administrativa, aos cortes na educação e saúde, e exigida vacina para todos e todas e Auxílio Emergencial de R$ 600.
Durante o ato, foram instaladas cruzes por quem passava pelo local, simbolizando as mais de 800 vidas perdidas pela Covid-19 no município. Um microfone também esteve disponível para manifestações, no qual a presidente da ADUFPel, Celeste Pereira, alertou para o projeto genocida e de desmonte do Estado.
“A gente não pode se abraçar de verdade, mas a gente está aqui exatamente por isso, porque nós não vamos deixar que esses governos todos acabem com a nossa vida”, salientou no início de sua fala e lembrou que a situação é consequência das decisões tomadas por todas as camadas de poder.
“Eles tomaram uma decisão e estão insistindo em nos matar, mas nós não vamos morrer, nós vamos tocar a nossa luta e tirar essa cambada toda das esferas de governo. Nós estamos perdendo muitos trabalhadores para essa pandemia e as pessoas estão desprotegidas enquanto o governo se esconde, nega a compra de vacinas, promove absurdos em todos os campos e usa esse momento pandêmico para passar a boiada, vendendo todo o patrimônio brasileiro”, enfatizou.
Celeste ainda fez questão de destacar o papel desempenhado pela ciência e pelos servidores públicos: “Cada um de nós aqui sabe muito bem a importância da ciência pública brasileira. Todos os sucessos, ainda que pequenos, que nós estamos conseguindo neste momento de enfrentamento à pandemia, são exatamente em função dos trabalhadores e das trabalhadoras dos serviços públicos. São resultado do trabalho árduo dessas categorias que têm dado sua vida”.
A presidente da ADUFPel também esteve presente na live promovida pela ADUFF - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal Fluminense. Confira aqui.
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Assessoria ADUFPel