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41º Congresso: revogação das contrarreformas, unidade na luta por direitos e contra as opressões pautaram debate de Conjuntura

Na tarde desta segunda-feira (6), teve continuidade o 41º Congresso do ANDES-SN com a Plenária de Conjuntura e Movimento Docente, na qual os e as participantes avaliaram as lutas travadas pelo Sindicato Nacional no último período e a derrota da extrema-direita nas urnas. Os desafios após a eleição do novo governo e a necessidade de continuar a ocupar as ruas na defesa da Educação e dos direitos da classe trabalhadora foram amplamente debatidos pela categoria.

A abertura da Plenária foi marcada por protesto contra o feminicídio e em memória de Janaina Bezerra, estudante da Universidade Federal do Piauí (UFPI) assassinada durante uma festa da Calourada no campus, em 27 de janeiro deste ano. A manifestação desencadeou um ato de professores contra o machismo, o racismo e o assédio nos espaços do Sindicato Nacional e das universidades, institutos e Cefets. Com cartazes e palavras de ordem como “Assediador não quero ser” e “Opressão também explora”, eles atravessaram o Teatro onde acontecem as plenárias do evento. 

Antes de abrir para o debate, as autoras e os autores dos doze textos de conjuntura apresentaram suas contribuições. Diversas falas apontaram a importância da unidade da luta da classe trabalhadora no último período para enfrentar a extrema-direita e derrotar Bolsonaro. Ressaltaram também ser fundamental que essa unidade se amplie e fortaleça o movimento e avance nas conquistas de direitos e pela revogação das contrarreformas trabalhista e da previdência.

Foi destacada também a importância da desmilitarização do governo, da punição dos responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro, bem como demais ataques aos povos indígenas, população LGBTQIA+, negras e negros. “Sem anistia!”, foi a palavra de ordem entoada durante vários momentos da Plenária.

O apoio à luta dos povos originários e a necessidade do Sindicato Nacional intensificar as ações e reflexões sobre o ecossocialismo e em defesa dos povos das águas e das florestas, dos recursos naturais e contra a exploração do Capital também estiveram presentes nas intervenções.

Após as apresentações, foi aberto espaço para falas. Gustavo Seferian, diretor do ANDES-SN que presidiu a mesa, destacou a qualidade das intervenções. “Temas como a permanência ou não na CSP-Conlutas, as avaliações em relação ao governo recém eleito e as diversas interpretações que existem na categoria em relação a isso também foram pautados, em um debate bastante amistoso e enxuto, pois não foi possível prorrogar a Plenária, uma vez que houve o entendimento de que não deveríamos prorrogar o tempo de discussão”, pontuou.

O diretor do Sindicato Nacional destacou ainda as manifestações, públicas, organizadas e espontâneas, envolvendo a questão da luta contra as opressões e o reconhecimento do seu caráter classista, que marcaram essa Plenária. “Uma das palavras de ordem da primeira manifestação foi ‘Opressão também explora’ e isso foi uma marca bastante presente nessas ações coletivas, tanto nas organizadas previamente, como aquelas espontâneas diante a falas que geraram algum rechaço por parte do plenário. Foi um debate muito bom, que abre uma ótima jornada de construção de lutas nesta semana”, avaliou.

Além de Gustavo Seferian, compuseram a mesa as diretoras Sueli Goulart e Andréa Matos e o diretor Edmilson Silva.

A diretora da ADUFPel, Celeste Pereira, realizou uma fala durante a Plenária, na qual reforçou que é fundamental a categoria ter clareza da necessidade de estar no enfrentamento cotidiano. Apontou que há uma série de medidas já lançadas, contra as quais é preciso se manifestar e citou a recente autorização de recursos, por parte do governo federal, para a criação do Departamento de Apoio a Comunidades Terapêuticas, em detrimento das verbas para o Sistema Único de Saúde através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). 

“São questões dessa natureza e outras que a gente vai precisar, de fato, estar dizendo que não servem para o conjunto da classe nem para o sistema público de educação e de saúde”.

Ela ainda comentou a abertura da mesa de negociações com o governo. “É importante, também, a gente afirmar, aqui, que a abertura da mesa é fundamental, mas que a gente não pode esquecer quem é o negociador. A gente já conhece, Sérgio Mendonça. Então, não vai ser um embate fácil. Precisamos apontar na perspectiva da revogação de todas as reformas que retiram direitos da classe trabalhadora e também estar com os olhos abertos para o que significa esse Teto de Gastos, pois a proposta de âncora fiscal não dá conta das nossas necessidades para uma perspectiva de sociedade melhor”. 

Confira aqui, em vídeo, a íntegra da fala da diretora da ADUFPel durante o debate.

41º Congresso do ANDES-SN

O 41º Congresso do ANDES-SN teve início, nesta segunda-feira (6), em Rio Branco (AC), com o tema central "Em defesa da educação pública e pela garantia de todos os direitos da classe trabalhadora". Até sexta-feira (10), as e os mais de 600 docentes participantes irão debater e deliberar sobre as ações e pautas que orientarão as lutas da categoria no próximo período.

O evento ocorre na Universidade Federal do Acre (Ufac), sob a organização da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac - Seção Sindical). Pela primeira vez, o congresso do Sindicato Nacional acontece na capital acreana.

Fonte: ANDES-SN, com edição e inclusão de informações de Assessoria ADUFPel

Fotos: Assessoria ADUFPel 

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