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60 anos do golpe: impactos da ditadura empresarial-militar nas universidades

Há 60 anos, um golpe de militares e civis, articulados com o poder econômico internacional, deu origem à ditadura empresarial-militar - período sangrento e sombrio da história brasileira que durou 21 anos e teve grandes impactos à educação. 


Dos 434 mortos e desaparecidos, 106 eram estudantes universitários, 12 docentes e 1 técnico-administrativo. Dentro de universidades, foram instalados sistemas de vigilância e espionagem contra docentes, estudantes e técnico-administrativos, que resultaram em prisões, mortes, desaparecimentos, privação de trabalho, proibição de matrículas e interrupção de pesquisas acadêmicas.


Além da repressão à organização política da comunidade acadêmica, impôs-se um projeto de educação de acordo com os interesses dos financiadores do regime. Para os ditadores, era hora de transformar as universidades brasileiras em grandes escolões tecnocráticos. Colocar fim aos espaços de debates, de busca pelo conhecimento, e de mobilizações sociais.


Atacando todos os níveis da educação, o projeto diminuía carga horária de matérias de ciências humanas e buscava também iniciar a privatização do ensino superior. Para as universidades, propunha uma modernização conservadora e dependente com a ajuda de consultores estadunidenses. O objetivo era modelar a educação às demandas do capitalismo.


A autonomia das universidades também sofreu muito no ano de 1969 com o Decreto-lei 477/69, que como uma extensão do AI-5, criava uma verdadeira vigia dentro das instituições de ensino superior, que foi representada pelas Assessorias de Segurança e Informações (ASI). Tais órgãos de repreensão eram responsáveis por monitorar outros órgãos da administração indireta, autarquias e, claro, as universidades.


Por esses e tantos outros motivos, é fundamental o resgate histórico da ditadura brasileira na luta por reparação, memória e justiça. 


Fonte: ANDES-SN, com edição de Assessoria de Imprensa ADUFPel 

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