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#8M em Pelotas. Marcha denuncia violências e ecoa lutas pela defesa da vida das mulheres

Oito de março é dia de lutas. Por certo que todos os outros também são, mas a data congrega um sentimento partilhado de enfrentamento e valorização que nos atravessa ao longo da história. E este ano, em Pelotas, o #8M retoma as ruas em um encontro presencial carregando um mote amplo e mais do que necessário: Pela vida das mulheres: Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome


Pelo oitavo ano consecutivo, a ADUFPel participa da construção deste que é o Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora. O coletivo é composto por mulheres organizadas em entidades ou não - de sindicatos e ONGs a partidos políticos -, que buscam reivindicar direitos e denunciar as violências sofridas. A data integra também o  Calendário de Mobilização dos Servidores Públicos.


À frente da organização, Francisca de Jesus expõe: “somos uma frente feminista, anticapitalista e antirracista”, todas bandeiras de denúncia que estarão contempladas no 8M. Uma série de atividades vem sendo realizadas desde fevereiro de modo a dar eco a todas as vozes. 


Neste domingo (6), 15h30, haverá um esquenta para a manifestação de terça-feira, na qual as mulheres vão preparar suas faixas e dizeres, além de retomar uma performance já realizada em 2020 e que agora será retomada. “Vamos levar agulha e linha para que as mulheres possam bordar suas mensagens de ordem”. São  as bandeiras de luta que se tornam físicas.


Regiana Wille, presidente da ADUFPel e uma das integrantes do coletivo, relata que também haverá ações nos bairros da cidade. "Existem inúmeras mulheres que não tem condição de se deslocar até o centro, e muitas vezes nem ficam sabendo da movimentação. Nós iremos até elas para levar mensagens de conscientização e luta pela vida destas mulheres", reforça.


Violência contra a mulher se agrava na pandemia 

A pandemia também tem contribuído para o aumento de casos de violência doméstica. De acordo com dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a violência contra a mulher voltou a crescer no país após dois anos de queda. 


Durante a pandemia do novo coronavírus, houve um aumento de feminicídios, chegando a 648 casos no primeiro semestre de 2020, 2% a mais que em 2019. Além disso, houve um aumento de 3,8% dos acionamentos feitos às polícias militares em casos de violência doméstica, tendo sido registrados no primeiro semestre 147,4 mil chamados.


No Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do estado, somente em janeiro de 2022 ocorreram 10 feminicídios consumados em 20 tentativas, além de 149 estupros. Em 2021, mesmo com subnotificações, os dados foram alarmantes: 32.444 mulheres foram ameaçadas, 18.042 sofreram lesão corporal, ocorreram 2.148 estupros, 260 tentativas de feminicídio e 96 casos consumados - um número superior ao de 2020 quando cerca de 70 mulheres foram assassinadas.


Agenda:

Esquenta - 06 de março, 15h30: Praça Cel. Pedro Osório

Concentração #8M - 08 de março, 17h: Largo da prefeitura. Marcha a partir das 18h.


Fonte: Assessoria ADUFPel

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