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8M Pelotas: mulheres defendem direitos e protestam contra a violência

As pelotenses fizeram do Dia Internacional da Mulher (8 de março) um momento de celebração e luta por direitos. No final da tarde desta quarta-feira, transformaram o Calçadão da Andrade Neves em um palco para ecoar as suas reivindicações e conscientizar a população que passava pelo local. 


A atividade começou às 17h, em torno do Chafariz (Esquina Democrática). Durante concentração para a marcha, entre faixas espalhadas pelo chão, cartazes e bandeiras, as mulheres usaram o microfone e o megafone para alertar sobre as principais pautas que norteiam a data de mobilização: por políticas públicas efetivas de combate à violência e acolhimento às vítimas; pela revogação das contrarreformas Trabalhista e Previdenciária, o Teto de Gastos e Reforma do Ensino Médio; abaixo o estatuto do nascituro, pelo direito ao aborto legal e seguro pelo SUS; contra a anistia para os golpistas, o fascismo e pela derrota do Bolsonaro. 


O momento de falas foi aberto pela historiadora e militante Francisca Mesquita Jesus. Após ler os eixos do 8M, discorreu sobre os vários tipos de violências que acometem as mulheres diariamente. “Nós morremos todos os dias. Morremos nos nossos lares, dentro das nossas organizações familiares e isso é realmente muito grave”, ressaltou.


Ela ainda atentou para os direitos que não estão garantidos dentro das instituições. “Hoje, não temos uma central de Libras que garanta às mulheres surdas acompanhamento devido, tanto na hora do parto quanto na hora de denunciar violências ou acessar qualquer instituição pública aqui em Pelotas. Nós ainda não temos uma rede efetiva que garanta o direito à mulher de denunciar a violência psicológica, essa que nos mata todos os dias. Hoje as mulheres ainda sofrem caladas dentro das suas famílias e isso tem que mudar. Nós temos que ter a garantia de que, quando nós vamos na Delegacia de Mulheres, ela acolha a nossa demanda e que funcione 24 horas. Não podemos mais nos calar e ficar a mercê dessa instituição que a gente tem hoje que é um projeto do capitalismo”. 


Em sua intervenção, a presidenta da ADUFPel, Regiana Wille, reforçou que a data é mais do que uma comemoração, mas também um dia político. “Nós precisamos lembrar que somos mulheres trabalhadoras, mães, sindicalistas, professoras, companheiras e muitas outras coisas. Estamos enfrentando uma sociedade machista e patriarcal. As nossas lutas já avançaram, mas ainda são poucas. Precisamos de mais políticas públicas para as mulheres, de mais espaço de reconhecimento e é preciso que enfrentemos isso de forma coletiva. Por isso, mulheres, nós precisamos estar unidas, livres e vivas. É por isso que lutamos!”. 


Após as diversas intervenções, a marcha percorreu o Calçadão, enquanto era entoados gritos de protesto como “Nem fraquejada e nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar”, “Eu tô na rua é pra lutar por um projeto feminista e popular”. A atividade foi finalizada no Mercado Central. 


Homenagem na Câmara de Vereadores

Durante a manhã, aconteceu a entrega do Prêmio “Mulher Doce e Guerreira” pela Câmara Municipal de Pelotas. A atividade, que acontece todos os anos, busca evidenciar as pautas feministas, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.


Em sessão especial no plenário, 20 mulheres foram homenageadas por vereadoras e vereadores da Casa:


Cristiano Silva (União) – Wilma Ney Crochemore, criadora da empresa Doces Crochemore


Marcos Ferreira, Marcola (União) – Cleusa Rocha dos Santos, fundadora do Centro de Umbanda Orgulho Iara e Pai Joaquim de Angola


Jone Soares (PSDB) – Ieda Froimtchuk Scaletzky, presidente da Sociedade Espírita Assistencial Dona Conceição há 40 anos


Jurandir Silva (PSOL) – Eliana Cardoso Barcelos, presidente do Centro de Educação, Esportes, Cultura e Lazer Cuidando de Nós


Miriam Marroni (PT) – Julieta Maria Carriconde Fripp, médica e criadora do Programa de Atendimento Domiciliar para Pessoas Idosas e Doentes Crônicos


Carla Cassais (PT) – Gisele Caldas Schwanz, dirigente do Sindicato dos Municipários de Pelotas (SIMP)


Fernanda Miranda (PSOL) – Eva Geslaine Medina dos Santos, organizadora da Las 3Tramas, coletivo com intervenções na luta anti-racista


Márcio Santos (PSDB) – Helenira Goularte Brasil Dias, gerente de Manifestações Populares da Secretaria de Cultura de Pelotas


Michel Promove (Progressistas) – Nelma Ortiz, foi, durante anos, monitora da Escola Municipal Cecília Meireles, local onde o parlamentar estudou


Cristina Oliveira (PDT) – Luciane Paiva Casaretto, fundadora e diretora do Centro de Oncologia e Hematologia de Pelotas


César Brisolara, Cézinha (PSB) – Alda Nunes Rocha, foi professora por 32 anos, hoje aos 92 trabalha com artesanato e poesias


Carlos Júnior (PSD) – Clotilde Conceição Victória, pedagoga e diretora executiva da Secretaria de Educação e Desporto


Rafael Amaral (Progressistas) – Iara Acosta Amaral, de cuidadora de idosos a faxineira e manicure, atuou em diversas áreas para ter condições de criar os filhos


Rafael Dutra, Barriga (União) – Silvia Santana Solonet Goia, fundadora das ONGs Sopão Solidário, Barriga Abençoada e Faça Uma Criança Sonhar


José Sizenando (União) – Dagmar Monquelate Peres, professora aposentada e diretora de ensino e supervisora pedagógica da Secretaria de Educação de Arroio do Padre


Marisa Schwarzer (PSB) – Cristiane Berçot Budziareck, responsável pelo Canil e Gatil Municipal de Pelotas


Anderson Garcia (Podemos) – Délcia Beatriz Carvalho Bento, doceira e fundadora da fábrica Doces Bidi


Paulo Coitinho (Cidadania) – Veci Petiz Ribeiro, foi patroa do CTG Negrino do Pastoreio e criadora do Centro de Recreação Infantil Nossa Turminha


Dila Bandeira (PSDB) – Michele Larroza Alsina, primeira mulher diretora presidente do Sanep


Reinaldo Elias (PSD) – Laura Daniela Carvalho Alves, idealizadora do Projeto Renascer, do bairro Getúlio Vargas


Outras ações

Ainda no mês de março, assim como nos anos anteriores, está prevista uma série de ações referentes à data. No dia 11, o 8M terá espaço, com uma banca própria, na feira vegana BROTA, onde serão distribuídos materiais informativos. Neste dia também acontece o Almoço das Mais Velhas, no Kilombo Urbano Ocupação Canto de Conexão. E, no dia 14, a Frente irá se somar na construção da atividade que marcará os cinco anos do assassinato de Marielle Franco.


Todas as atividades são promovidas pela Frente Feminista 8M Pelotas, constituída por coletivos, partidos, movimentos sociais e sindicatos, entre eles a ADUFPel, que participa da organização pelo nono ano consecutivo.


Assessoria ADUFPel


Fotos: Assessoria ADUFPel 


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