Três semanas após o primeiro ato nacional, que marcou o dia 29 de maio no calendário das lutas coletivas, milhares se reuniram novamente neste sábado, nas manifestações do #19J. O coro que pedia vacina para todos e todas, auxílio emergencial digno e a queda do governo genocida, foi engrossado pelas vozes de docentes em inúmeras cidades do país, inclusive Pelotas.

Vice-presidente da nova diretoria da ADUFPel, Luiz Henrique Schuch, celebrou o ato regional. “Os pelotenses atenderam aos chamados dos movimentos populares, enfrentaram frio e chuva, e foram às ruas demonstrar sua indignação contra o estado de degradação da política brasileira e para onde o governo Bolsonaro está direcionando nosso país”, relata.

Ir para as ruas enquanto se defende a vigência do isolamento social não é uma contradição, pondera o professor, mas uma necessidade. “Não é razoável confundir esse movimento com aqueles que saíram às ruas anteriormente para defender o governo, sem proteção e reforçando a política da morte”. Manifestar-se contrário, portanto, é reconhecer que a agência das mortes não é do vírus, mas das omissões do governo Bolsonaro ao adquirir e distribuir vacinas enquanto age efetivamente para negar a ciência, desestimular vacina e uso de máscaras.

Como marco da distância entre as duas manifestações, e enquanto iniciativa para conscientização, mais de mil máscaras PFF2 foram distribuídas para a população durante a marcha, por iniciativa da ADUFPel, CPERS, SIMP e Sinasefe-IFSul.

Atos nacionais

Sob um carro de som em Brasília, a presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura, fazia ouvir o grito docente. “Hoje é um grande dia. Em todos os cantos do Brasil, é dia de gritar ‘Fora, Genocida’”. Na pauta, além da crise sanitária, lembrou ainda dos constantes ataques cometidos pelo governo federal contra a Educação, alinhada a uma política de extermínio.

“Eles não querem que os filhos dos pobres estudem. Não querem que o filho da empregada doméstica, do porteiro, do pequeno agricultor sente na cadeira de uma universidade e possam ter um futuro melhor. Esse governo tem atacado a Educação e isso representa um ataque à vida e ao futuro de milhares de pessoas”, conclamou a presidenta do Sindicato Nacional.

Ainda no sábado, o grito ecoou tanto nas ruas quanto nas praças digitais. Nas redes sociais, as hashtags #19J #19JForaBolsonaro e #19JPovoNasRuas figuraram entre os assuntos mais comentados e as transmissões ao vivo reuniram manifestantes de todo o Brasil para partilhar de uma mesma indignação.

Diretamente do ato em Pelotas, Luiz Henrique Schuch participou da live do ANDES-SN juntamente com Virgínia Fontes (UFF), Maria Lúcia Fatorelli (Auditoria Cidadã da Dívida), Sara Granemann (UFRJ) e Sofia Manzano (UESB), com uma análise política da situação. Assista à gravação da live clicando aqui.

Assessoria ADUFPel