Na última sexta-feira (21), aconteceu no Espírito Santo o III Encontro Nacional do ANDES-SN sobre Carreira EBTT e Educação Básica das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior. A atividade foi uma deliberação do 65º Conad, que aconteceu em julho em Vitória da Conquista (BA).

Os debates, que ocorreram também nos dias 22 e 23 de outubro, abordaram assuntos como: autonomia e financiamento; EBTT/CAP e a contrarreforma da educação estadual e municipal, ponto eletrônico e corte orçamentário. O encontro teve o objetivo de reunir docentes do EBTT e das instituições estaduais de ensino básico que estão vinculados ao ANDES-SN, mas também foi aberto para toda a categoria docente.

As dirigentes da ADUFPel, Regiana Wille, Celeste Pereira, Elaine Neves e a professora Rose Meri Santos da Silva, da base da categoria, estiveram presentes nos debates. Segundo Elaine, a participação foi fundamental: “aprofundamos questões relativas aos docentes da EBTT e percebemos que as realidades são diversas no que se refere a carga horária e ponto eletrônico. A precarização do ensino, com a falta de docentes e a carga de trabalho intensa a que são submetidos, tem levado esses docentes ao adoecimento”. 

A portaria 983 do MEC, que regulamenta as atividades dos docentes da EBTT, no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, ferindo o princípio constitucional de Autonomia das Instituições, vem impondo uma série de exigências desastrosas. Impõe uma carga excessiva de carga horária aula e de preparação, trazendo prejuízos para a realização de atividades de pesquisa e extensão. 

O encontro apontou vários encaminhamentos, entre eles: buscar um panorama das inúmeras realidades vivenciadas pelos docentes da EBTT nos seus espaços de trabalho acadêmico. Também chamou a atenção para a importância da luta para revogar a portaria 983 e indicou que se preserve a autonomia das instituições de ensino, como prioridade na atual configuração da conjuntura política. O evento encerrou com uma palestra com a temática “ Militarização e combate ao fascismo”.

Assessoria ADUFPel