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ANDES-SN apoia a luta a favor da descriminalização do aborto no Brasil

O ANDES-SN assumiu a luta pela descriminalização do aborto em seu 34º Congresso, realizado em Brasília-DF, no início de 2015. Em plenária, foi deliberado o posicionamento do Sindicato Nacional de debater, nas seções sindicais, a criminalização do aborto no brasil, posicionando-se contra ela. A partir do encaminhamento, está disponível para download a cartilha “ANDES-SN Apoia a Luta à Favor da Descriminalização do Aborto no Brasil”, com conteúdo completo para fomentar a discussão do aborto no país.


O Sindicato Nacional entende que é direito da mulher decidir sobre o próprio corpo. Embora o direito ao aborto não seja consensual, este é um tema de classe. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 mil mulheres morrem por ano em decorrência de abortos. Mesmo sendo uma ação ilegal, no Brasil, o aborto é a quinta causa de mortalidade materna, sendo a maioria mulheres negras. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o índice de aborto provocado por mulheres negras é de 3,5%, o dobro do percentual entre as brancas (1,7%).


Ainda, a OMS revela que a proibição e a criminalização não diminuem o número de abortos. O chamado aborto legal, que permite a interrupção da gravidez em casos de estupro e quando há risco à vida da mulher, é uma conquista antiga. As Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 181/2015 e 29/2015 pretendem reescrever até mesmo o aborto nesses casos, impondo a “inviolabilidade do direito à vida, desde a concepção” e, desta forma, impedindo o aborto legal. Enquanto os substitutivos tramitam pela Câmara e pelo Senado, as mulheres se organizam para barrar a legislação criminal misógina.


Em seu 35° Congresso, em 2016, o ANDES-SN aprovou a posição contra a aprovação do Projeto de Lei (PL) 5069/13, que tipifica o aborto como crime e prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática do aborto. Uma verdadeira afronta à dignidade da mulher e às lutas que elas buscam há mais de um século pelo direito de controle sobre seus próprios corpos. Segundo Caroline Lima, diretora do ANDES-SN, o sindicato tem posição favorável à descriminalização do aborto no Brasil. “Nós compreendemos que a mulher deve ter o direito de decidir sobre o próprio corpo. Esse é um debate de saúde pública, visto que as mulheres pobres, da classe trabalhadora são as que abortam de maneira insegura”, aponta.


Além de exigir o arquivamento da PL, a luta do ANDES-SN prevê a elaboração de materiais específicos, como a cartilha publicada no site do sindicato essa semana. A cartilha sobre a descriminalização do aborto para subsidiar ações nas instituições de ensino superior. A pauta também traça orientações para que as regionais do Sindicato realizem atividades com o tema. 


Clique aqui e faça download da cartilha 

Fonte: ANDES-SN

*com edição da ADUFPel-SSind

 

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