A Assembleia Geral do IFSul, realizada na última sexta-feira (28), por meio da plataforma Zoom, deflagrou greve sanitária com suspensão de atividades presenciais e manutenção do trabalho remoto, em função do desenfreado crescimento do número de infectados pelo coronavírus, agravado pela variante Ômicron, e a falta de leitos de atinge a região Sul do estado. 

Nos Informes, o coordenador Francilon Simões Lima falou sobre a reunião realizada com a gestão, na sexta-feira, antes da Assembleia. De acordo com o reitor, o IFSul ingressou com um processo junto à Advocacia-Geral da União (AGU) recorrendo da determinação sobre o retorno presencial imediato. A gestão considera que a decisão fere a autonomia da instituição, que não pode adiar o retorno presencial, nem mesmo diante de cenários mais sensíveis da pandemia, como o atual. A diretoria do Sindicato convidou representantes da reitoria para esclarecer a situação na Assembleia, mas nenhum gestor compareceu.

Greve sanitária

A recepção da comunidade ao movimento paredista foi uma das principais preocupações apresentadas pelos(as) servidores(as). No entanto, com o exemplo do campus Sapucaia do Sul, um dos primeiros campi a retornar, que após regresso às atividades presenciais reportou alunos contaminados com Covid-19 em seis turmas, os presentes foram convencidos da necessidade de cuidado neste momento. Algumas falas destacaram também a dificuldade de obter apoio da comunidade em movimentos de greve e que esta será sempre uma pauta delicada. 

Um último ponto destacado foi a dificuldade que um retorno sem o devido planejamento representaria para o plano pedagógico. Um retorno imposto juridicamente, no meio de um semestre que iniciou de forma remota e sem um planejamento adequado, resultaria em um prejuízo ainda maior para os(as) alunos(as) que já sofreram tanto para seguir os estudos nos últimos dois anos.

Assim, foi aprovado que a greve sanitária terá início nesta quarta-feira (2), e será reavaliada no dia 9, em nova Assembleia Geral. Neste período, as atividades remotas serão mantidas, ou seja, não haverá suspensão de calendário, apenas a manutenção do modelo remoto de trabalho. 

Matéria do Diário Popular

No dia 14 de janeiro de 2022, o jornal Diário Popular noticiou o retorno das atividades presenciais do instituto, devido a decisão judicial deferida pela Justiça Federal, o que gerou comoção na comunidade. Nos comentários da página do jornal no Facebook, no espaço destinado para o diálogo e trocas de ideias, os(as) servidores(as) e sindicato foram difamados e atacados de forma mentirosa e injustificada. O sindicato irá tomar todas as medidas jurídicas cabíveis, além disso, foi solicitado que na próxima reunião de gestão se debata como a entidade irá lidar e responder politicamente o caso.

Fonte: Assessoria Sinasefe-IFSul, com edição de Assessoria ADUFPel 

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