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Bolsonaro nomeia reitor não eleito no lugar de interventora na UFS

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Foto: Reprodução/Sintufs

Na quinta-feira passada (18), Valter Joviniano de Santana Filho, reitor não eleito pela comunidade acadêmica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), foi nomeado, pelo Ministério da Educação (MEC), no lugar da interventora Liliádia Barreto. O recuo do governo federal ocorreu após pressão da comunidade acadêmica, que incluiu até mesmo uma série de negociações em Brasília. 


No entanto, Joviniano, assim como Liládia, não apresentou candidatura ao cargo e sequer participou dos debates entre as quatro chapas inscritas na Consulta Informal. Ele foi eleito no Conselho Superior, em julho do ano passado, e encabeçou a lista tríplice encaminhada ao MEC - rejeitada pelo governo em novembro de 2020. 


A chapa mais votada pela comunidade acadêmica era formada pelos professores André Maurício Conceição e Rozana Rivas e nunca foi empossada. Por isso, no momento da escolha de Joviniano pelo Conselho, a Associação dos Docentes da UFS (ADUFS) - Seção Sindical do ANDES-SN, chamou-o de “reitor biônico”.


Na época, o motivo alegado pelo MEC para a intervenção na UFS foi de que o processo de escolha não havia sido concluído. Ele foi interrompido após o Ministério Público Federal abrir inquérito para apurar denúncia de suposta irregularidade. A ação foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFS (Sintufs), a Adufs e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) já que a formação da lista tríplice ocorreu sem consulta à comunidade. A consulta, que aconteceria em março, teve de ser cancelada por conta da pandemia de Covid-19 e ocorreu somente nos dias 24, 25 e 26 de agosto. 


Mobilização continua

Segundo a diretoria da ADUFS - Seção Sindical do ANDES-SN, a nomeação “indica, ao mesmo tempo, a retirada da ingerência direta do MEC da UFS, mas a continuidade do debate público e luta política em defesa da democracia e da autonomia no interior da Universidade Federal de Sergipe”. 


Conforme explica, “a inclusão do nome do prof. Valter Joviniano (vice-reitor em exercício naquele momento) na lista tríplice e a sua aprovação em primeiro lugar pelo Conselho (sem que este tivesse passado pela Consulta à comunidade), cuja composição tem maioria aliada aos gestores, culminou no completo desrespeito aos interesses e escolha da comunidade universitária”. 


A entidade afirma que continuará insistindo em assegurar que todos os processos eleitorais respeitem as escolhas da comunidade universitária e salienta que a agenda de luta contra as investidas do governo Bolsonaro nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) necessitam de cuidado e responsabilidade. 


Acesse aqui a lista de IFES que estão sob intervenção. 


Assessoria ADUFPel 


Com informações de Brasil de Fato e ADUFS


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