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Notícia

Brasileiros mais pobres têm o dobro de chance de infecção por Covid

De acordo com pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, a população mais pobre tem o dobro de chances de ser infectada pelo novo Coronavírus (Covid-19). O estudo publicado pelo Ministério no início de julho, feito em parceria com a UFPel, indica que a cada 100 casos, cerca de um resulta em óbito. A taxa de letalidade está em 4,1%, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).


A pesquisa ouviu mais de 89 mil pessoas em 133 municípios. Por meio de testes rápidos, foi avaliada a proporção da população com anticorpos, ou seja, que tiveram contato com o vírus. A partir dessa avaliação, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o número de infectados é seis vezes maior que os registros oficiais.


Dividido em três fases, entre os dias 14 de maio e 24 de junho, o estudo questionou os entrevistados sobre o distanciamento social. No primeiro período foi possível notar maior adesão à quarenta. No final de junho, 26% dos participantes disseram sair de casa todos os dias e mais de 54% relataram ir para a rua para atividades essenciais. O estudo não detalhou que tipo de atividades são essas. O índice de pessoas que ficam em casa o tempo todo é de 18,9%.


Pesquisa da UFSCar aponta correlação entre infecções e desigualdade social

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e colaboradores de outras instituições divulgaram pesquisa na qual observaram uma “correlação positiva do risco relativo com essas variáveis, ou seja, locais mais vulneráveis e mais desiguais socialmente têm uma maior tendência de apresentarem os maiores riscos relativos da doença, além de uma maior taxa de mortalidade”.


Para esse estudo de abrangência nacional foi feito um recorte temporal de 103 dias (de 25 de fevereiro a 7 de junho). “Encontramos 11 clusters [agrupamentos] emergentes de Covid-19 ocorrendo em todas as regiões do Brasil, sendo que sete deles apresentaram um risco relativo maior do que 1, o que significa que esses clusters têm mais casos observados do que esperados. O cluster mais crítico foi observado predominantemente na região norte, também incluindo o estado do Tocantins”, revelam os professores da UFSCar.


“Os resultados obtidos são um sinal de alerta sobre os casos de Covid-19 em municípios mais vulneráveis socioeconomicamente. Acreditamos que a ampla divulgação desse trabalho chama a atenção do poder público sobre o arranjo geográfico da doença em diferentes condições socioeconômicas do País, e que é necessário ter uma maior atenção em regiões mais vulneráveis”, analisam.


Fonte: Brasil de Fato e Andifes. Edição de ADUFPel. Imagem de EBC

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