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Notícia

Chamado à mobilização: Assembleia Geral e agenda de lutas

A retomada das nossas atividades na UFPel, neste início de 2022, se dá como um desafio em meio a tantas incertezas. Sabemos bem o quanto a atividade docente nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) tem sido submetida a um crescente grau de precarização, o que tem resultado em diversas formas de insatisfação e adoecimento. Crescem as ameaças até mesmo à sobrevivência institucional, com o seu caráter público e a sua responsabilidade social. Sabemos bem sobre o potencial destruidor de algumas contrarreformas constitucionais que estão em disputa, especialmente neste momento, como a PEC 32, contra a qual temos lutado.

Diante de cada nova crise, sofremos pressões para responder de forma individualizada às exigências cartoriais, o que tantas vezes nos condiciona a secundarizar aquela responsabilidade maior pelos percursos formativos assentados na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, conforme enunciados durante décadas de reflexão e amadurecimento nos planos curriculares de cada curso. Até mesmo a utilização dos recursos digitais, que tanto exercitamos na relação com os nossos estudantes, como forma complementar para motivação, integração e ampliação dos horizontes, passou a representar esvaziamento e dispersão. A autonomia pedagógica tem sido fortemente atropelada.

Em 2022, a Universidade sinaliza para um retorno presencial, ainda com muita insegurança em relação às mutações do vírus, à falta de recursos para as adaptações necessárias e à manutenção das atividades regulares.

Precisamos aproveitar essa transição para nos vermos como professores e professoras, coletivo protagonista, capaz de construir e reconstruir esta Universidade. E nela a expressão de nossa vida profissional. E dela os nossos direitos enquanto trabalhadores.

O elenco de supressão de direitos dos docentes tem crescido nos últimos anos, apesar de toda a reação.

Precisamos atualizar a nossa pauta e lutar.

Construída há mais de 40 anos, a ADUFPel-Seção Sindical do ANDES-SN é o nosso principal espaço organizativo e ferramenta de luta.

É desse lugar que conclamamos os colegas para reflexão e ação, em especial neste momento de reencontro.

Passamos quase um ano em Assembleia Geral Permanente, em muitos encontros virtuais, a partir de uma indicação nacional sobre a necessidade de construir uma forte mobilização para intervir em defesa dos nossos direitos e dos serviços públicos, apontando para a radicalização do movimento em uma greve nacional.

Atuamos em várias frentes, nacionais e locais, com vitórias, mas também contabilizando algumas derrotas.

Paralelamente às restrições orçamentárias e das bolsas para pesquisa, vimos sofrendo outros ataques diretos. A perda salarial decorrente da corrosão inflacionária, o confisco crescente imposto como alíquota previdenciária, ataques que desestruturam ainda mais a carreira docente, restrições às promoções e progressões, suspensão unilateral dos adicionais de insalubridade e periculosidade, imposição de regras que implicam na intensificação e precarização do trabalho, ameaças ao direito de divergir, são alguns exemplos.

O movimento docente nacional, em conjunto com o movimento mais amplo dos servidores públicos, ganhou novo impulso no segundo semestre do ano passado com a realização de ações diretas e presenciais nos Estados e em Brasília, importantíssimas para barrar a destruição dos serviços públicos, representada pela PEC 32. A luta foi árdua, com todos os cuidados de proteção contra a Covid-19. A vitória ainda não foi definitiva, pois a Proposta não foi arquivada e outros desafios já se apresentam, como a pretensão do Palácio do Planalto de corrigir salários somente de policiais, relegando as demais categorias à perda do poder aquisitivo.

Diante desse quadro, a reunião nacional do ANDES-SN, ocorrida no início de janeiro, indicou a realização de rodada de assembleia, entre 17 de janeiro e 11 de fevereiro, para deliberar sobre a construção de greve unificada dos SPF com a pauta da reposição salarial (índice definido no FONASEFE), condições de trabalho, revogação da EC 95, luta contra a aprovação da PEC 32 e a construção de uma pauta específica da educação com as demais entidades que atuam nas IFES.

A nossa mobilização é mais do que nunca necessária, discutindo nos departamentos e unidades, trazendo avaliações e propostas ao Conselho de Representantes e participando da sessão da nossa Assembleia Geral Permanente que será realizada em 10/02/2022, às 15h30, em primeira convocação, ainda em plataforma virtual, com a seguinte pauta: “deliberar sobre a construção de greve unificada do(a)s Servidore(a)s Público(a)s Federais com a pauta da reposição salarial (índice definido no FONASEFE); condições de trabalho; revogação da EC 95; luta contra a aprovação da PEC32; e a construção de uma pauta específica da educação com as demais entidades que atuam nas IFES”.

 

Atenciosamente,

Diretoria da ADUFPel-SSind.

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