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Cinema argentino: uma alternativa às produções de Hollywood

O cinema argentino é um dos mais desenvolvidos da América Latina e tem sido cada vez mais reverenciado em todo o mundo. Apoiados pelo Estado, os filmes argentinos são conhecidos por sua qualidade técnica e seus roteiros surpreendentes e inteligentes, que percorrem com facilidade pelos mais diversos gêneros cinematográficos. Há documentários, comédias, dramas familiares e políticos e suspenses, que agradam os mais diferentes tipos de espectadores.


Apesar de existirem desde 1896, as produções cinematográficas argentinas ganharam força e mais visibilidade a partir dos anos 2000 - época em que o país foi assolado por crises políticas e econômicas. Desde então, elas têm recebido reconhecimento mundial e já conquistaram dezenas dos prêmios mais relevantes, que incluem duas estatuetas do Oscar.


Os longas do país vizinho também têm garantido um espaço maior no Brasil nos últimos anos e, embora apenas uma fração chegue aos cinemas locais, hoje, com o crescimento das plataformas de streaming, tornam-se muito mais acessíveis. Para quem busca fugir dos filmes “hollywoodianos”, separamos algumas dicas de filmes argentinos.


Minha obra-prima 

“Minha obra-prima” é uma comédia crítica. A história gira em torno de Renzo Nervi (Luis Brandoni), um renomado pintor rabugento e arrogante que vive recluso em sua casa em Buenos Aires. Renzo já fora bem-sucedido no passado, mas a situação atual não é das melhores. Sem vender uma única obra, está à beira da falência e de ser despejado.


Seu único amigo, Arturo Silva (Guillermo Francella), trabalha como negociante de obras de arte e faz o possível para valorizar os quadros, mas as atitudes do artista não ajudam em nada. Até que, um dia, um acidente faz com que tudo mude na vida dos dois. 


O filme é uma crítica ao mundo elitista da arte e do consumo. É uma sátira dos tempos atuais, contada com um humor típico argentino. O diretor e roteirista é Gastón Duprat, que também produziu “O cidadão ilustre” - nossa próxima dica de filme.

O cidadão ilustre 

O longa é estrelado por Oscar Martinez, que também integra o elenco de Kóblic. Com um roteiro bastante original, “O cidadão ilustre” segue por um caminho parecido com o “Minha obra-prima”, já que busca questionar qual o papel do artista na sociedade atual. 


Em uma mistura de drama e comédia, de forma provocativa e irônica, conta história de um escritor fictício (Daniel Mantovani) solitário e que passa a não ver mais sentido na vida depois que recebe o Nobel de Literatura. 

O filme inicia com Mantovani sendo agraciado com o Nobel, na Academia Sueca, porém, em vez de comemorar a conquista, lamenta o prêmio durante seu discurso. Segundo ele, significa a “canonização terminal” de um artista, pois sua escrita chegou ao ponto de agradar ao sistema. 


Isso gera consequências à sua carreira, o que não o desagrada. Após ter sua presença recusada em vários lugares, ele decide aceitar o convite de retornar à cidade em que nasceu e viveu até os 20 anos, e que serviu de inspiração para seus livros. No entanto, o reencontro de Mantovani com o município de Salas acaba gerando ainda mais conflitos.


Kóblic

O filme Kóblic utiliza-se do período da última ditadura argentina (1976 a 1983) como pano de fundo para contar a história do piloto de fuga Tomás Kóblic, que praticava os chamados  “voos da morte”, nos quais pessoas consideradas “subversivas” pelo regime eram jogadas no mar ainda vivas.


O thriller político, que também mistura um pouco de romance e drama, é ambientado em 1977, ano em que Kóblic é convocado para mais uma missão. Porém, atormentado por suas lembranças e traumas, decide fugir e se esconder em uma cidade pequena chamada Colonia Elena, o que levanta suspeitas dos moradores. 


Baseado em fatos reais, o filme retrata a angústia que é viver sob constante vigilância da ditadura. O medo de que a sua identidade e a sua permanência no local estejam ameaçadas rondam o protagonista, ao mesmo tempo em que são apresentadas pistas do seu passado e os motivos de sua fuga. 


O filme retoma a parceria do diretor Sebastián Borensztein com Ricardo Darín, que protagoniza o longa. Ambos já trabalharam juntos em “Um conto chinês” e “A odisseia dos tontos”. 



Assessoria ADUFPel

Fotos: Reprodução

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