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Notícia

CPI das supostas fraudes no pré-câncer barra depoimentos de Eduardo Leite e Paula Mascarenhas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as supostas irregularidades nos exames de pré-câncer em Pelotas rejeitou, em reunião extraordinária realizada hoje (18), os requerimentos para que o ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB), e a atual prefeita, Paula Mascarenhas (PSDB), deponham.


A base do governo afirmou que os depoimentos teriam fins eleitoreiros, uma vez que Leite é candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Os requerimentos foram realizados em virtude das supostas fraudes terem ocorrido em ambas as gestões. A rejeição da possibilidade dos dois gestores deporem ocorreu mesmo com uma forte mobilização na Câmara de Vereadores, com protestos pedindo investigação de todos prováveis envolvidos, incluindo os gestores do município. Votaram contra os depoimentos PSDB, DEM, PTB, MDB, PSD e PRB. Posicionaram-se favoráveis PSOL, PT, PDT e PSB.


Vereadores travam andamento da CPI

Durante os trabalhos da CPI, já foram ouvidos funcionários das unidades básicas de saúde e da prefeitura, além do jornalista que publicou a denúncia no jornal Diário da Manhã. Na reunião ordinária da Comissão do dia 12 de setembro, sete vereadores que a integram não compareceram, impedindo a votação dos requerimentos para os depoimentos de Leite e Mascarenhas. Entre os que se ausentaram estava o relator da CPI, Eneias Clarindo (PSDB). A reunião foi cancelada e convocada extraordinariamente para hoje (18), quando os pedidos foram derrubados por ampla maioria.


Na reunião de hoje, o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu sair da CPI. A presidência da Comissão, que antes estava com o vereador Marcos Ferreira (PT), passa a ser de Anderson Garcia (PTB). O PT justificou a saída afirmando que “a escolha e o comportamento do atual relator demonstram a ação da base do governo em impedir que o relatório aponte as responsabilidades já sabidas pela população, com base nos documentos apresentados e depoimentos já realizados, e ainda, protege os verdadeiros responsáveis para evitar que os mesmos sequer deponham na CPI”.


Movimento tenta ampliar investigação

Devido à CPI ser composta majoritariamente por vereadores da base do governo, o Movimento Pela Vida das Mulheres (MPVM), está encaminhando denúncias a outras instâncias de investigação e construindo um parecer paralelo ao da Comissão. Membros do PT, PSOL, PDT e PCdoB também irão trabalhar conjuntamente neste parecer, que será entregue ao Ministério Público.


Ainda, como resultado da mobilização do MPVM, as deputadas estaduais Stela Faria e Miriam Marroni entregaram, no dia 5 de agosto, ao Procurador-Geral de Justiça, Fabiano Dallazen, e ao Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do Ministério Público Estadual, Marcelo Lemos Dornelles, um pedido de investigação dos órgãos públicos envolvidos na suspeita das fraudes. Com isso, esperam que a investigação ultrapasse o nível municipal e seja levada às instâncias estadual e federal.


Assessoria ADUFPel

*com informações de Diário Popular


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