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Notícia

Cuidados para prevenir doenças e riscos à saúde no contato com água de enchentes

ADUFPel, ASUFPel e Sinasefe IFSul produziram, conjuntamente, um material com dicas para prevenir doenças e riscos à saúde no contato com a água das enchentes. 


Os textos foram elaborados pela Profª. Drª. Enfª. Norlai Alves Azevedo, Profª. Drª. Enfª. Aline Basso da Silva e Enfª. Liliane Griep e têm como fonte o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde.

Evite contato com água contaminada

A falta de água potável e de refrigeração em áreas alagadas aumenta o risco do consumo de água e de alimentos contaminados.

 A água da caixa d’água pode ter sido contaminada durante a enchente e ela acaba sendo usada para tomar banho, para beber e cozinhar e se torna mais um vetor de contaminação.

A água da enchente é vetor de várias bactérias e vírus transmissores de doenças que podem se tornar crônicas ou levar à morte pessoas mais vulneráveis.

Mas se for inevitável, como fazer:

Cubra mãos e pés e, sobretudo, as feridas, usando botas e luvas de borrachas e óculos de proteção. Sem estes materiais disponíveis, use sacolas plásticas bem amarradas.

O uso de curativos à prova d’água pode ajudar a vedar os ferimentos também. 

Evite entrar na água que possa estar contaminada com esgoto ou produtos químicos tóxicos. Isso inclui rios, córregos ou lagos contaminados pelas enchentes. 

Reações mais imediatas do contato com a água contaminada:

DIARREIA

Prevenção

Lavar as mãos com água e sabão com frequência pode evitar o contato com os microrganismos que desencadeiam o desarranjo intestinal.

Em crianças, reforçar a lavagem de mãos principalmente antes das refeições e não deixar que elas brinquem nas áreas inundadas, ou usem brinquedos que não tenham sido desinfectados. 

Cuidados com a água para consumo

Filtrar e ferver a água antes de beber.

Se não for possível fervê-la, trate a água para consumo com hipoclorito de sódio (2,5%).  Adicione duas gotas do produto para cada litro de água e deixe repousar por pelo menos 30 minutos para ocorrer a eliminação das bactérias.

Evite certos alimentos

Não consuma alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal, que estejam úmidos, murchos ou mofados. Leite, carne, peixe, frango, ovos crus ou mal cozidos, principalmente aqueles que entraram em contato com a água da enchente.

Evite o consumo de frutas, verduras e legumes escurecidos ou estragados que entraram em contato com a água da enchente.

Alimentos refrigerados e que tenham ficado por mais de duas horas fora da geladeira, principalmente carne, frango, peixe e sobras. 

Também devem ser descartados alimentos industrializados com validade vencida; alimentos com embalagem ou tampas estufadas; e alimentos embalados de vidro, lata, caixa tipo “longa vida” e plásticos que estejam abertos ou danificados.

Cuidados no contato com animais peçonhentos

Ao encontrar animais peçonhentos ou de grande porte em áreas alagadas, não tente retirá-los do local sozinho. Você pode se ferir ou acabar cometendo um crime ambiental. Esses animais, inclusive os peçonhentos, são protegidos por lei. Para quem está enfrentando as enchentes de maio no Rio Grande do Sul, a Comissão de Animais Silvestres, Exóticos e de Desastres do estado (CRMV-RS) orienta que se entre em contato com a Polícia Ambiental (Patram) no número (51) 98501-6672 ou com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema-RS) no (51) 98593-1288 para a remoção do animal e para receber outras orientações.

Em caso de picada de animal peçonhento:

Solicite atendimento médico o mais rápido possível para o recebimento do soro antiveneno.

Mantenha a pessoa que foi picada deitada e em repouso. É importante evitar que a vítima se locomova por seus próprios meios.

Mantenha o membro picado mais elevado que o restante do corpo.

Lave o local da picada com água e sabão e nunca faça torniquete ou garrote no local”.

Cuidados na limpeza da casa e de estabelecimentos

Após a liberação da área pelas autoridades competentes, o Ministério da Saúde recomenda retirar a lama e desinfetar o local utilizando luvas e botas de borracha e produtos sanitizantes como hipoclorito de sódio (2,5%) ou água sanitária para reduzir o risco de infecções. 

Na lavagem de chão, paredes e objetos caseiros, a desinfecção deve ser feita com água sanitária na proporção de 1 litro de hipoclorito de sódio (2,5%) ou água sanitária para 4 litros de água, deixando agir por 30 minutos.

Evite riscos químicos e biológicos

Em caso de inundação, recomenda-se desligar a energia elétrica e o fornecimento de gás em sua casa para evitar incêndio, eletrocussão ou explosões, evite entrar em contato com qualquer ácido que possa ter derramado.

Nunca toque em um cabo de energia caído e evite o contato com linhas elétricas aéreas durante a limpeza e outras atividades.

Não dirija se houver linhas de energia caídas na água. 

Se alguém for eletrocutado, o Corpo de Bombeiros (193) deve ser acionado.

Quando procurar um médico

Você pode contrair leptospirose ao ter contato com água contaminada com rejeitos ou com urina de animais, sobretudo ratos. Se ocorrerem esses sintomas procure atendimento médico.

Sintomas: diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse.

Tétano 

Em áreas inundadas aumenta ainda o risco de perfurar a pele com materiais pontiagudos.

Se uma ferida apresentar vermelhidão, inchaço ou secreção, procure atendimento médico imediato, ou se houver um objeto estranho, como madeira ou metal, incrustados na ferida. Em caso de mordida de cachorro, perfuração por objeto sujo, ou se uma ferida antiga mostra aumento da dor, inchaço, vermelhidão e secreção e se ocorrer febre”.

Os riscos de transmissão de hepatite A e de toxoplasmose também aumentam, pois ambas são transmitidas pelo consumo de água e alimentos contaminados.

Toxoplasmose

Sintomas: normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos.

Pessoas com baixa imunidade: podem apresentar sintomas mais graves, incluindo febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de coordenação e convulsões.

Elaborado por: Profª. Drª. Enfª. Norlai Alves Azevedo, Profª. Drª. Enfª. Aline Basso da Silva, Enfª. Liliane Griep

Fonte:

Instituto Butantan

Ministério da Saúde - Saiba como agir em caso de enchentes, 2024


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