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Notícia

Dia da Consciência Negra é marcado pela luta antirracista e fortalecimento da ancestralidade em Pelotas

Em 20 de novembro, data marcada pelos 50 anos do Dia da Consciência Negra no Brasil, dia histórico de resistência do povo negro, aconteceu mais uma edição da Marcha Mestra Griô Sirley Amaro, importante referência da luta antirracista em Pelotas. 


A concentração da marcha teve início no Altar da Pátria, às 9h30, e seguiu até o Mercado Central. Houve um momento ecumênico na Avenida Bento Gonçalves e, depois, caminhada que passou pela frente da casa da Mestra Griô, falecida em 2020. 


Conhecida por sua contribuição para a preservação da cultura negra na região, a Mestra Sirley dá nome à manifestação coletiva, que une os movimentos negro, sindical e social da cidade para denúncia do racismo e o fortalecimento das raízes, história, ancestraldiade e cultura afro. 


“É uma marcha que vem sendo organizada pelo movimento negro de Pelotas, mas que toma corpo e fôlego de marcha fundamentalmente a partir da provocação da Mestra Griô Sirley Amaro, por toda a sua expertise, por circular em diferentes espaços carregando consigo o que é ser negro em uma cidade que tem questões muito fortes com o racismo”, reforçou Eva Santos, artista têxtil da Las3Tramas, militante feminista, antirracista e da luta antimanicomial. 


Segundo ela, a marcha carrega consigo a memória de dona Sirley e, junto dela, seu legado, nas histórias que contava, cheias de significados, e sua capacidade de circular por todos os espaços. “Para mim, uma das coisas mais importantes que a Sirley reafirma - e que eu uso também na minha vida - é essa capacidade da gente circular por vários lugares. E a Sirley era isso. Era uma mulher plural em todos os sentidos. Uma outra característica muito marcante é que ela era uma mulher que contava histórias que emocionavam e continuam emocionando. Ela era uma mulher costureira que costurava os panos e as histórias”.


Presença da ADUFPel

Pela ADUFPel, uma das organizadoras da atividade, participaram diretores e docentes sindicalizados, entre eles a presidenta da entidade, Regiana Wille, a qual ressaltou que o ato protagonizado pelo movimento negro foi de suma importância e que marca uma data que não é de comemoração, mas de reflexão. 


“São ações que nos convocam a perceber o quanto a sociedade brasileira é racista e como este racismo está introjetado em nossa estrutura”. Segundo ela, vivemos sob a égide de um governo racista, misógino, LGBTfóbico, mas seguimos na luta. Nesse sentido, o 20 de novembro marca isso, mais uma vez. 


Atos pelo país

Neste ano, também somaram-se outras pautas à luta antirracista, em atos ocorridos por diversas cidades brasileiras e pelo exterior. A negligência do governo federal ao tratar da pandemia de Covid-19, o aumento da violência policial, a inflação, a carestia, a fome, o desemprego e o subemprego que afetam de forma mais dramática a população negra foram centrais. 


A Coalizão Negra por Direitos, a Convergência Negra e a Comissão Organizadora da Campanha Nacional Fora Bolsonaro convocaram sindicatos, movimentos e partidos a integrarem a luta para fortalecer os protestos. 


Assessoria ADUFPel

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