Dica de série: Nada Ortodoxa promove discussão sobre gênero e liberdade sexual
Nada Ortodoxa é uma minissérie da Netflix inspirada na biografia homônima da escritora Deborah Feldman, que trabalhou como conselheira da produção. A série foi indicada em oito categorias do Emmy 2020, saindo como vencedora de “Melhor Direção de Minissérie, Filme ou Especial”.
Em apenas quatro episódios e em uma mistura de ficação com realidade, o roteiro aborda a jornada de Esty (Shira Haas) - uma jovem judia criada em uma comunidade ortodoxa na cidade de Nova York - e a sua busca por independência. Esty tem apenas 19 anos durante o período retratado na série e, apesar da pouca idade, é levada a acreditar que o casamento lhe dará uma vida melhor.
Insatisfeita com sua vida e com certos rituais religiosos, Esty não se enquadra naquele universo rígido. Os judeus ortodoxos creem que o holocausto, ocorrido na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, é um castigo pela assimilação judaica à cultura europeia. Por conta disso, a comunidade vive sob as normas mais rígidas do judaísmo.
É por isso que Esty pensava que o casamento arranjado iria lhe dar uma vida melhor, o que não aconteceu. Sentindo-se aprisionada, ela decide fugir para Berlim e começar uma nova vida, com a liberdade que nunca foi lhe dada.
Nada Ortodoxa é uma série que provoca a reflexão e estimula a discussão sobre diversos temas, como: feminismo, gênero, religião e liberdade sexual. A libertação da protagonista é o principal elemento da história e de que forma ela passa a se reconhecer e se encontrar como mulher.
Além disso, a série apresenta uma variedade de idiomas, levando o espectador para fora de sua zona de conforto. Além do inglês e alemão, os personagens, na maior parte do tempo falam ídiche, um idioma derivado das línguas germânicas e adotado por comunidades judaicas.A cultura judaica também é bastante presente no roteiro, que mostra hábitos alimentares, costumes, vestimentas, cerimônias. Outro elemento muito presente na série é a música, seja da comunidade de Williamsburg, clássica ou da ruas de Berlim, que acompanha a protagonista por toda a sua trajetória.
Assessoria ADUFPel
Imagem: Divulgação