Os governos federal, estadual e do município de Pelotas têm envidado todos os esforços para que as aulas presenciais sejam retomadas. Subordinam-se a interesses empresariais cujo mote central é o lucro acima da vida das pessoas que trabalham. No Congresso Nacional, o governo federal articula para aprovar legislações sobre a essencialidade da Educação; o governo Eduardo Leite (PSDB) manipula as cores das bandeiras do Modelo de Distanciamento Controlado do Rio Grande do Sul para não cumprir as determinações judiciais e desqualificar o sindicato dos/as trabalhadores/as em Educação do estado, o CPERS; e aqui em Pelotas, apesar de já ter havido mortes no setor da educação, a prefeita Paula (PSDB) também insiste, junto com o setor privado, na retomada de aulas, demonstrando que todos esses governos estão unidos pela política de morte, sempre mais preocupados com o lucro do que com as vidas.

Estamos vivendo um momento dramático da pandemia, com mais de 400 mil mortes oficiais no Brasil e um sem-número de pessoas contaminadas pela Covid-19 e suas variantes. Defendemos a vida e a saúde dos/as trabalhadores/as, estudantes e familiares de todas as comunidades escolares. Mesmo diante do agravamento do quadro sanitário, com um índice ainda muito baixo de cobertura vacinal contra a doença e contrariando as recomendações de especialistas, que alertam contra os vários perigos de um retorno precipitado, os governos federal, estadual e municipal exigem a retomada imediata de aulas presenciais. Nunca deixamos de trabalhar. Ao contrário, temos vivido uma enorme sobrecarga de trabalho, financeira e emocional. Lutaremos sempre em defesa da vida, o mais básico dos direitos humanos, pois pessoas não são insumos e cada um que tomba é insubstituível e deixa dores irreparáveis em suas famílias e núcleos de convivência.

Pelotas, 03 de maio de 2021

A Diretoria

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