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Docentes da UFPel integram a linha de frente da vacinação em Pelotas

“Nossa formação foi totalmente garantida e providenciada pela população e é uma tarefa que a gente cumpre com o maior prazer, a de devolver o que a gente recebeu dela, hoje, em forma de trabalho”. É dessa forma que a docente aposentada do curso de Enfermagem e presidente da ADUFPel, Celeste Pereira, enxerga o trabalho desempenhado pelos e pelas profissionais e estudantes da UFPel que estão na linha de frente da vacinação contra a Covid-19 em Pelotas. 


Celeste está ao lado de tantos outros enfermeiros e enfermeiras, como a professora Beatriz Franchini. Juntamente a alunos da UFPel e de demais instituições de ensino, elas participam desse importante momento para o país, que ficará marcado na história, na memória e em fotografias registradas diariamente por muitos que passam pelos locais de vacinação.


A gravidade da situação pela qual atravessa o país também fez com que Pereira sentisse a necessidade de se voluntariar. Após trabalhar duas décadas na rede municipal e uma como professora universitária, viu a oportunidade de atuar novamente, de reencontrar seus pares e rever os alunos, conforme conta. 


“A nossa escola, em particular, está de parabéns e os nossos alunos são muito guerreiros em estar ali disponíveis fazendo o seu melhor. Me sinto muito privilegiada de poder disponibilizar o meu trabalho para a comunidade”, salienta.


Parceria 

Desde janeiro deste ano, assim que chegaram em Pelotas os primeiros lotes de vacinas, a Faculdade de Enfermagem uniu-se à Prefeitura e à Secretaria de Saúde para dar início à campanha de imunização da população. Alguns dos primeiros a receberem as doses foram os idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência e lá estava a professora Beatriz. 


Ela conta que a parceria com a Prefeitura é de longa data e sempre esteve de portas abertas para a Faculdade. Além disso, não é novidade a participação da UFPel nas campanhas de vacinação que acontecem anualmente, como também a atuação nos postos de saúde. 


Como o momento é de anormalidade e, por consequência, as atividades práticas tiveram de ser suspensas, o curso de Enfermagem encaminhou um pedido à reitoria da UFPel para que autorizasse o apoio, de forma voluntária, à vacinação contra a Covid-19. 


“É uma troca. O município sempre recebeu bem a Faculdade de Enfermagem e a Faculdade se coloca sempre à disposição quando o município precisa. Pelotas tem muito poucas pessoas específicas que coordenam o setor de vacinas, então não tinham equipes para realizar essas vacinações e precisaram contar com toda uma parceria de escolas e cursos técnicos de Enfermagem”, conta Beatriz. 


A participação de estudantes começou em 11 de fevereiro, com a colaboração do 9º semestre nas 7 Unidades Básicas de Saúde (UBS) designadas para vacinação dos idosos (Simões Lopes, Laranjal, Bom Jesus, Salgado Filho, Fraget e Lindóia) e agora segue com a vacinação de outros grupos, em outros locais também. 


Além dos alunos da Enfermagem da UFPel, integram a ação estudantes de Odontologia e de outras instituições como: Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Anhanguera, curso técnico Dimensão, escola Estilo e escola técnica Senac.Todos formam o corpo de futuros profissionais. Muitos deles, bem como os docentes, começaram a participar sem ainda estarem imunizados. 


Este momento para os estudantes é de um aprendizado ímpar, segundo Beatriz. Já para Celeste, é uma oportunidade única, que ao mesmo tempo que devolve à população aquilo que foi recebido dela, a oportunidade de formação em uma universidade federal, também propicia a formação técnica dos alunos.



Desmonte da saúde pública

As professoras também criticam a atuação do governo federal diante da pandemia que levou ao estado atual de calamidade e reforçam o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) em salvar vidas. 


Para Pereira, a vacinação tem demonstrado às pessoas o quanto o discurso negacionista é equivocado e o quanto o SUS e os profissionais da saúde são fundamentais e devem ser defendidos. “ A rede privada nacional não tem dado conta e o tratamento hospitalar tem sido realizado, sim, pela rede pública de saúde. Do ponto de vista da prevenção, é inegável o trabalho de extrema relevância dos profissionais da atenção básica de saúde. Eu penso que as pessoas já conseguem perceber isso”. 


Por fim, Beatriz frisa a importância de todos se vacinarem. “A receptividade da população tá sendo muito importante até por causa dos dados na diminuição de internação. Isso também encoraja muitas pessoas a fazerem a vacina porque sabem que tem eficácia. A pessoa mesmo vacinada pode pegar Covid, mas não vai desenvolver numa forma grave”. 


A entrevista faz parte do 73º episódio do programa Viração e pode ser conferida, na íntegra, clicando aqui, ou também na última edição do jornal Voz Docente, aqui


Assessoria ADUFPel

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