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Docentes da UFRGS pedem revogação de títulos honoris causa de Médici e Costa e Silva

O Coletivo Memória e Luta, que reivindica na UFRGS a revogação dos títulos honoris causa concedidos aos militares Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, lançou um abaixo-assinado em busca de apoio à solicitação. O objetivo da iniciativa é uma reparação histórica relativa a crimes cometidos no passado, mas que têm em comum os efeitos perversos no presente.


Os dois nomes, que presidiram o Brasil durante a ditadura civil-militar, são responsáveis não apenas por centenas de mortes e desaparecimentos durante os anos de chumbo, como pelos expurgos realizados na Universidade nos anos de 1964 e 1969. UFRJ e Unicamp já haviam suspendido títulos do tipo, a Médici e Jarbas Passarinho.


Processo administrativo


No dia 12 de janeiro, o grupo, formado por professoras e professores, protocolou processo no SEI com a solicitação de anulação dos títulos e enviou carta ao Conselho Universitário, mesmo órgão que concedeu a honraria aos ditadores.


“Para além de encaminhar este processo, o Coletivo Memória e Luta executou um Projeto de Extensão Memória: 50 anos dos Expurgos na UFRGS. Ele teve como propósito desvelar o processo dos expurgos a que foram submetidos numerosos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período da ditadura civil-militar. Com esse intuito, a partir de novembro de 2019, ano do cinquentenário dos expurgos de 1969, várias atividades foram organizadas: instalação de um memorial em homenagem aos colegas expurgados no campus central da universidade; exposição de aquarelas produzidas pelo Prof. José Carlos Freitas Lemos (Faculdade de Arquitetura); organização de rodas de conversas com professores expurgados nos anos 1960 e representantes estudantis de hoje; apresentação de um documentário com depoimentos de professores expurgados e, por fim, organização do livro Os Expurgos da UFRGS: memória e história, publicado em 2021[1]”, explicam os docentes.


Ajude a divulgar


Em tempos de massivos ataques à democracia e à autonomia universitária, ações como essas são imprescindíveis por revelar à sociedade, e em particular à comunidade acadêmica, a violência impetrada pelos governos militares.


“Nunca será demasiado lembrar os expurgos sofridos por nossos colegas nos anos de regime ditatorial de 1964 e 1969 e a perda irreparável que tal fato configurou para suas trajetórias pessoais e para a universidade. Nunca será tarde para homenagear aqueles que resistiram aos ataques à universidade, que representaram – e ainda representam – a  construção do conhecimento vital para a soberania do país, a importância de um espaço de debate livre e de espírito crítico às vicissitudes do seu tempo”, acrescenta o coletivo.


Para ampliar o alcance da petição, é importante que todas e todos ajudem a divulgar o abaixo-assinado via redes sociais. Para assinar, acesse o link https://chng.it/CXvGtMCNCS. Fonte: Seção Sindical ANDES/UFRGS

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