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Notícia

Em Assembleia Conjunta, servidores/as da UFPel reiteram a importância da greve

Em greve, docentes e técnico-administrativos da UFPel ocuparam o Largo da Faculdade de Direito para uma Assembleia Conjunta. As categorias lutam por reestruturação das carreiras, recomposição orçamentária e salarial e melhores condições de trabalho. 


A atividade, que contou com a participação dos Comandos Locais de Greve, teve falas do presidente da ADUFPel, Carlos Mauch, da coordenadora geral do ASUFPel, Mara Beatriz Nunes Gomes, da representante do Sinasefe IFSul, Daniela Curcio, de estudantes, que participaram como convidados, e demais integrantes da comunidade acadêmica que acompanharam a Assembleia. 


A professora Daniela apresentou informes sobre a greve construída pelo Sinasefe.  Apontou que, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), todos os 14 campi aderiram ao movimento paredista e 10 deles estão com o calendário suspenso. E completou que, nacionalmente, a greve também está bastante fortalecida. Dos 680 campi em todo o país, 518 deles estão paralisados.  


Em seguida, Mara Beatriz, do ASUFPel-Sindicato, fez uma retrospectiva da construção da greve e reforçou que o movimento sindical e dos trabalhadores e trabalhadoras nunca parou de lutar. “Nós fizemos greve em 2016 contra o golpe, em 2017 contra a Reforma Administrativa e inúmeras mobilizações em 2018 e 2019 em defesa da educação de serviço público. O ASUFPel fez uma greve local em 2020 contra a retirada das 30 horas e fomos interrompidos por uma pandemia. Mas, mesmo em pandemia, o movimento sindical conseguiu trancar a PEC da Reforma Administrativa com muita mobilização virtual e através de companheiros que iam aos aeroportos e faziam interlocução com os parlamentares”. 


Mara também relembrou todos os inúmeros atos realizados em 2022 contra os cortes orçamentários nas universidades, os quais foram temática até mesmo da Assembleia da Comunidade ocorrida no Largo do Direito.


A desvalorização da categoria foi citada por Mara. Ela ressaltou que, mesmo após garantir um reajuste emergencial em março de 2023, após sete anos de uma perda salarial de mais de 50%, o piso, hoje, é de apenas R$ 1.446,12, ou seja, o menor piso dentro da categoria do serviço público federal. “Se nós não tivermos reajuste em 2024, em janeiro de 2025 a categoria vai ingressar ganhando menos que um salário mínimo nacional”, mencionou. 


De acordo com ela, a recente proposta do governo é “extremamente insatisfatória com os trabalhadores e as trabalhadoras”. Enfatizou que a categoria dos técnico-administrativos tem 224 mil trabalhadores/as em sua base e 99 mil deles/as são aposentados/as e pensionistas/as, que ficarão à míngua e sem qualquer reajuste em 2024. Vocês imaginam trabalhar durante 30, 40 ou 50 anos e chegar ao final de carreira ganhando R$ 2.700,00. Será que essa pessoa consegue pagar as suas necessidades mínimas dela e da sua família?”. 


O presidente da ADUFPel, Carlos Mauch, salientou quão necessária é a greve e suas pautas de luta. “Não podemos ter vergonha de dizer que, enquanto trabalhadores, lutamos por salário. Temos também pautas autoritárias do outro governo que não foram revogadas, como a PEC 32, que não foi pautada por resistência dos movimentos sindicais, que fizeram o enfrentamento durante a pandemia e num dos piores governos da história. E graças a isso ela ainda não foi pautada”. 


Outras questões também relembradas pelo diretor foram a luta contra a precarização dos espaços de trabalho e a recomposição orçamentária. “Hoje nós temos equipamentos falhando, salas com falta de climatização. A situação é crítica e precisamos dizer isso”. 


Para além dessas, destacou a importância de mobilização por uma carreira estruturada de maneira lógica e mais adequada, que precisa ser dialogada e construída junto ao governo federal. 


E por fim, frisou que o movimento paredista busca, principalmente, garantir um ensino público de qualidade que sempre se quis e essa é uma pauta conjunta, das três categorias.


A Feira Bem da Terra, rede de empreendimentos econômicos solidários, também esteve presente no Largo do Direito, com produtos locais à venda. 


Panfletagem

A agenda da greve seguiu em frente ao Chafariz do Calçadão, assim que a Assembleia foi encerrada. Docentes e servidores/as técnicos/as da UFPel e do IFSul conversaram com a população sobre as pautas da greve e distribuíram materiais informativos. 


Assessoria de Imprensa ADUFPel 


Fotos: Assessoria de Imprensa ADUFPel

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