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Em audiência, diretoria da ADUFPel e reitoria da UFPel conversam sobre pautas relevantes da categoria docente

A diretoria da ADUFPel reuniu-se, na tarde desta sexta-feira (26), virtualmente, com a reitoria da UFPel para tratar de assuntos de interesse da categoria docente, que envolvem as medidas sobre o processo de intervenção na instituição, retorno das aulas de modo presencial ou híbrido, cobrança de informações pela Controladoria Geral da União (CGU) e resposta ao documento de demandas encaminhado ainda em 2020 pela entidade. 


O encontro durou cerca de 2h e contou com a participação, pela reitoria, da reitora empossada Isabela Andrade, da vice-reitora, Úrsula da Silva, do reitor eleito e pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Roberto Ferreira, do assessor da Reitoria, Marco Aurélio Fernandes, da chefe de Gabinete, Aline Paliga, e da  pró-reitora de Gestão de Pessoas, Taís Fonseca. Pela diretoria da ADUFPel, estiveram presentes a presidente Celeste Pereira, os diretores Larissa Dall’Agnol, José Carlos Volcato e Robinson Pinheiro, além do coordenador do Conselho de Representantes, Renato Waldemarin. 


Reitor eleito, reitor empossado

O primeiro ponto de pauta discutiu os desdobramentos do processo de intervenção na Universidade. O professor Paulo Ferreira iniciou o debate explicitando que está diretamente envolvido na mobilização para buscar reverter a situação. Ferreira discorreu sobre as ações que vêm sendo realizadas pela frente de reitores preteridos pelo governo Bolsonaro e reforçou que esta é uma luta de toda a gestão. 


Segundo ele, a gestão respeita a decisão da categoria docente, a qual afirma ter sido “considerada na discussão”, mas com o entendimento de que assumir seria a melhor opção, considerando a forma como as nomeações têm ocorrido em outras Instituições de Ensino Superior (IES). 


A presidente da ADUFPel reiterou que a entidade respeita a professora nomeada, mas que politicamente, por deliberação de Assembleia Geral, entende que a situação configura-se como intervenção. Ainda, reforçou o posicionamento da categoria docente em relação ao método da tomada de decisão, no qual inexistiu diálogo com a comunidade acadêmica. 


“Não há quem negue que o ponto chave tem que ser a luta pela democracia na universidade, e o processo de escolha para reitor passa por esse debate. Nossa preocupação e a nossa luta são no sentido de garantir o que o processo democrático apontou”, enfatizou Pereira. 


A fala da docente foi complementada pelo diretor José Carlos Volcato, que salientou que o processo não deve ser normalizado e que as decisões não podem deixar de vir também da base de apoio da UFPel, que é formada por professores, técnico-administrativos e estudantes. 


Ensino presencial

Considerando o aumento expressivo de casos de Covid-19 em todo o país e o calendário acadêmico da Universidade, que prevê o retorno do semestre para o dia 15 de março, com possibilidade de algumas aulas presenciais em maio, também foram pautados o ensino híbrido e as condições para que isso ocorra. 


A vice-reitora, Úrsula da Silva, informou que embora a reitoria esteja discutindo o semestre híbrido, ainda não sabe se será viável. Explicou que uma comissão permanente foi constituída no Cocepe para a avaliação das disciplinas práticas presenciais enquanto houver pandemia. O planejamento é de que em março as unidades, que necessitem, comecem a pensar na estrutura para o retorno. Paulo Ferreira acrescentou que a expectativa é de que o segundo semestre tenha atividades presenciais, com rigor e planejamento. 


Entretanto, a possibilidade é vista com preocupação pela diretoria da ADUFPel. Mesmo a entidade, bem como o ANDES-SN, tendo se posicionado contra o ensino remoto como modalidade, Celeste ressaltou: “Não podemos defender o retorno das atividades presenciais pensando que as coisas vão voltar a ser como eram. Antes mesmo, já tínhamos salas pequenas, com pouca ventilação e/ou sem janelas. Espaços que abrigavam, 40, 60, 80 alunos. Não dá para pensar que nós, em franca ascensão da pandemia, iremos ficar em um espaço desses com apenas álcool gel e máscara, que sabemos que é fundamental, mas não é o principal no combate à pandemia. 


Segundo a presidente da ADUFPel, mesmo que 70% da população seja vacinada, é primordial um processo de adequação do ambiente, de forma que proporcione segurança. E pediu que as decisões sejam tomadas colocando a vida em primeiro lugar. “Todo esse sucateamento e dificuldades que tínhamos antes, foram agravadas pelo corte de recursos e por essas questões que são reflexo direto da pandemia. A perspectiva de proteção da vida tem que estar em primeiro lugar sempre. Não adianta fazer um projeto que não vai poder ser executado porque não haverá pessoas, pois já passamos da marca de 250 mil mortes”. 


Cobrança da CGU 

A diretoria da ADUFPel também questionou a reitoria sobre cobranças que têm sido feitas pela Controladoria Geral da União de informações sobre docentes que não ofertam disciplinas em 2020 e suas razões. A solicitação, já encaminhada a algumas universidades federais, cobra informações diretas e específicas, com a possibilidade de punição aos trabalhadores. No entanto, a reitoria afirmou ainda não ter recebido qualquer documento a respeito e ficou de responder de acordo com o bom senso e a racionalidade demandada. 


Documento de demandas da categoria

A reunião também tratou do documento de demandas apresentadas pelos docentes em relação ao conjunto de garantias e direitos que devem nortear e pautar o trabalho docente durante o período de Ensino Remoto Emergencial (ERE).


Um audiência para tratar do ofício foi solicitada pela primeira vez em 11 dezembro de 2020, ainda sob a gestão de Pedro Hallal, por decisão da Assembleia Geral realizada no dia 10 do mesmo mês, e enviado novamente dez dias após. Como não passou por debate com a gestão anterior, foi reforçado o pedido à atual. 


A diretoria da ADUFPel frisou ser importante que a reitoria elabore uma resposta formal por escrito com o posicionamento da gestão, item por item, até a data da próxima Assembleia Geral, que acontecerá no dia 1º de março. A reitoria, apesar do curto prazo, comprometeu-se em empenhar-se para responder. Um retorno será dado à Seção Sindical na manhã de segunda-feira. 


Assessoria ADUFPel


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