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Estudantes exigem mais uma vez o adiamento do Enem devido à Covid-19

O Ministério da Educação (MEC) manterá as datas das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo em meio à crescente de casos da Covid-19 e sem uma data concreta para o início da imunização no país. O exame será realizado em uma versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 e em uma versão digital para 100 mil inscritos nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, 5,7 milhões de inscritos foram confirmados.


Os números de contaminados e de óbitos em decorrência do novo coronavírus não param de crescer no Brasil. Já são mais de 8 milhões de pessoas contaminadas e 203 mil mortes no país. No ano passado, mesmo com os pedidos de adiamento por conta da pandemia, as inscrições para o Enem foram abertas, sob críticas e protestos de estudantes, técnicos, docentes, secretários de educação, reitores, parlamentares de diversos partidos e sociedade civil como um todo. Após muita pressão, em maio, o exame foi adiado. 


Ainda em maio, o Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 1277/2020 que prevê a prorrogação automática de prazos para certames seletivos nacionais de acesso à educação superior, neste caso o Enem, em casos de calamidade pública ou de evento que comprometam o regular funcionamento das instituições de ensino no país. A matéria seguiu para a Câmara dos Deputados, mas não avançou.


Mobilização

Movimentos estudantis, sindicais, sociais e sociedade em geral novamente têm se manifestado pelo adiamento da prova, que é a principal porta de entrada para o ensino superior no país. Para as entidades, manter a prova para janeiro colocará em risco a vida de milhares de estudantes brasileiros devido à falta de condições sanitárias adequadas para aplicação das provas, além da preocupação com o aprofundamento das desigualdades de ensino, já que durante a pandemia parte dos jovens brasileiros, principalmente os que estudam na rede pública, não tem acesso à tecnologia ou à internet em suas residências, diferente dos tantos que estudam na rede particular. Outros estudantes encontram-se em situação de vulnerabilidade social e lutam pelos cuidados com a sua saúde e de seus familiares.


Novamente as entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) retornam com a campanha #AdiaEnem, feita de forma virtual nas redes sociais, para chamar a atenção da sociedade sobre as condições sanitárias e as dificuldades enfrentadas por estudantes de baixa renda na pandemia.


Morre diretor do Inep

Em meio a manifestações pelo adiamento do exame, morreu, nesta segunda-feira (11), o diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o militar Carlos Roberto Pinto de Souza, responsável pela realização do Enem. O general de reserva tinha 59 anos e havia assumido a direção do órgão em agosto de 2019.


Confirme o jornal O Globo, fontes ligadas ao diretor afirmam que a causa da morte foi Covid-19. Porém, o Inep afirma que, "em respeito à família do diretor", o motivo do falecimento não será tratado. O jornal apurou que, além da questão familiar, o Instituto teria omitido a causa da morte por questões políticas, para evitar o desgaste da prova.


Fonte: ANDES-SN com edição e inclusão de informações de Assessoria ADUFPel

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