Uma prática não muito conhecida no Rio Grande do Sul, o Lian Gong está, agora, mais acessível a todos, em videoaulas no YouTube. A iniciativa é do Projeto de Extensão Práticas Integrativas e Complementares na Rede de Atenção à Saúde, realizado por professoras e alunos da graduação e pós-graduação da Faculdade de Enfermagem da UFPel. 

A ação foi pensada e desenvolvida em uma parceria do plano estratégico para o enfrentamento à Covid-19 da Faculdade, com o Comitê Interno para Acompanhamento da Evolução da Pandemia de Coronavírus, o Hospital Escola e a Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas. 

Desde 2017 o projeto tem promovido diversas oficinas com plantas medicinais, sobre acupuntura, Lian Gong, Reiki, auriculoterapia e arteterapia. Porém, a pandemia fez com que as práticas extensionistas tivessem de ser adaptadas ao meio virtual. 

Foi, então, criado um canal de vídeos com conteúdos que pudessem orientar e demonstrar algumas dessas atividades, antes desenvolvidas presencialmente. Entre elas está o Lian Gong, uma prática chinesa, nascida na década de 70, que tem como objetivo prevenir e tratar dores no corpo. 

As aulas são ministradas por Stefanie Griebeler Oliveira, professora da Faculdade de Enfermagem, que possui especialização em acupuntura, qualificação em Lian Gong e integra o projeto. São, ao todo, 19 vídeos que podem ser realizados até mesmo por pessoas leigas e sedentárias, de todas as idades, para evitar o enrijecimentos dos músculos, articulações e tendões.

Como e por que praticar?

Conforme explica Stefanie, no canal há uma sequência de demonstração de cada exercício, que pode ser reproduzido aos poucos. “A pessoa pode assistir dois, três vídeos, fazer aqueles exercícios e ir avançando e experimentando. Cada exercício é interessante porque o movimento que vai tem um sincronia com a inspiração e o movimento que volta tem sincronia com a expiração. É também importante não só fazer o exercício físico corporal, mas aliar à respiração porque essa prática irá reduzir a ansiedade e deixar a pessoa mais tranquila”. 

O Lian Gong é inspirado em exercícios antigos de arte marcial e, especialmente, no Dauin, que é uma espécie de Yoga, segundo Stefanie. Ele envolve 18 exercícios, distribuídos em 3 séries. A primeira abrange movimentos de pescoço, ombro, cotovelo, punhos, tronco e mãos. A segunda, cintura e quadril, e a terceira inclui coxas, joelhos, panturrilhas, tornozelos e pés. 

A docente reforça que o objetivo principal é promover a circulação da energia vital da pessoa, também chamada de “Chi”. “Quando estamos parados, tanto na forma sedentária ou como agora que ficamos horas na frente do computador trabalhando remotamente, sem nos movimentarmos muito, o ‘Chi’ que circula no nosso corpo fica estagnado. Por isso que sentimos dores nas articulações e na coluna”. 

Por conta disso, ela salienta que os exercícios do Lian Gong irão fazer com que o “Chi” não fique estático, promovendo dores que podem ser temporárias ou tornarem-se crônicas. “Praticar esses exercícios vai reduzir dor e ansiedade e aumentar a imunidade e a disposição”, conclui. 

Todos os exercícios de Lian Gong podem ser acessados clicando aqui. 

Assessoria ADUFPel