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Frente 8M Pelotas divulga nota informativa de repúdio à transfobia

A frente feminista 8M Pelotas, que reúne mulheres independentes, coletivos e entidades, entre elas a ADUFPel, divulgou, nesta quarta-feira (12), uma nota sobre os casos de transfobia que têm sido recorrentes na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Confira:


NOTA INFORMATIVA DE REPÚDIO À TRANSFOBIA


Nós, integrantes da FRENTE FEMINISTA 8M PELOTAS, vimos manifestar nosso apoio e solidariedade às pessoas trans em geral e, em particular, às pessoas trans companheiras na Frente. Somos contra todo e qualquer discurso que negue legitimidade às identidades de gênero não normativas e à autodeterminação, assim como repudiamos veementemente discursos e ações  que destilam ódio e que por qualquer meio incitam ataques e perseguições. 8M Pelotas é uma frente ampla de diversas coletividades feministas e pessoas feministas autônomas e esta nota foi redigida como encaminhamento da nossa plenária de abril, correspondendo ao pensamento das pessoas que seguem na luta diária contra o cisheteropatriarcado.


Pessoas trans, travestis e não binárias são pessoas que não se identificam com o gênero ao qual foram socialmente designadas ao nascer devido a sua anatomia. Transfobia são todas as violências e discriminações contra pessoas trans, travestis e não-binárias, motivadas pelo preconceito contra sua identidade de gênero.Todo pensamento, gesto, ou comportamento que exprima rejeição, negação, aversão, ódio, ou mesmo medo, à identidade de gênero ou corpo de uma pessoa trans ou travesti é TRANSFÓBICO. São exemplos de transfobia não respeitar a autodeterminação de gênero, ignorar a escolha pessoal de pronomes, divulgar informações falsas e caluniosas, impedir sua presença em espaços públicos ou privados, realizar ou estimular agressões verbais, psicológicas ou físicas.


O Estado brasileiro reconhece a autodeterminação da identidade de gênero, o casamento civil e a adoção por pessoas LGBTQIAP+. Menos de um quarto dos países do mundo criminalizam a transfobia e nos orgulha que o Brasil não apenas seja um deles como iguale os crimes de transfobia e homofobia ao de racismo, reconhecendo a paridade estrutural entre a discriminação racial e o cisheterosexismo. A  transfobia marginaliza; dificulta ou impede o acesso à direitos básicos como  saúde e educação, ao mercado de trabalho e à livre circulação por espaços públicos. Pessoas trans e travestis têm direitos adquiridos através de lutas políticas que precisam ser respeitadas. Movimentos sociais, populares e outros setores organizados da sociedade civil precisam se unir no enfrentamento à onda fascista que assola o mundo. Uma insidiosa expressão atual do fascismo e neonazismo pode ser observada em discursos antitrans e racistas, extremamente similares àqueles do fundamentalismo religioso, cada vez mais frequentes nas redes sociais virtuais. O movimento antitrans, cuja manifestação cresce diariamente em projetos de lei nas três esferas de poder, deve ser combatido por todos os movimentos de defesa de direitos civis. 


Como Frente Feminista, afirmamos nossa posição contrária ao cisheterosexismo, ao racismo, ao capacitismo, ao classismo, à intolerância religiosa e demais eixos de opressão social. Somos uma coletiva de acolhimento e construção de pluralidade de vivências e de saberes, com ações direcionadas ao desmonte de preconceitos e opressões. O diálogo e a participação de pessoas trans no movimento feminista não invisibiliza a luta de mulheres cis, pelo contrário, fortalece ações coletivas para a vida digna de todas as pessoas que sofrem com o sistema capitalista cisheteropatriarcal no qual vivemos, cujas raízes colonial e supremacista branca não podem ser ocultadas ou disfarçadas. Misoginia e transfobia têm a mesma fonte. 


Pessoas trans sempre existiram. Pessoas trans existem!






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