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Junta Militar de Myanmar demite quase 1700 educadores em greve

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Foto - Stringer

O regime militar em Myanmar demitiu pelo menos 1.683 educadores e funcionários administrativos grevistas de 15 universidades.


Após o golpe de Estado em 1º de fevereiro, muitos funcionários públicos do país paralisaram as atividades por não aceitar e concordar em trabalhar sob o regime militar.


No entanto, o regime ordenou que as aulas de doutorado, mestrado e bacharelado de último ano fossem reabertas em 5 de maio em todo o país, e que educadores e trabalhadores de setores administrativos retornassem ao trabalho até o dia 3 de maio.


Como forma de repressão, o regime pediu às autoridades universitárias que informassem a lista de trabalhadoras e trabalhadores ausentes, que depois seriam demitidos. Entre os que estão suspensos de suas funções estão professores, professores terceirizados e pessoal administrativo. 


Os avisos assinados pelos reitores das instituições de ensino diziam que as suspensões dos trabalhadores de suas funções devido às ausências não autorizadas.


De acordo com as listas adquiridas pelo jornal de notícias local The Irrawaddy, um total de 339 educadores e pessoal administrativo foram suspensos na Universidade de Yangon, 392 na Universidade Mandalay de Artes e Ciências, 149 na Universidade Mandalay de Línguas Estrangeiras, 60 na Universidade Tecnológica de Myitkyina, 72 na Universidade Tecnológica de Taungoo, 137 na Universidade de Educação de Yangon e 45 na Universidade Marítima de Myanmar. 


Outras instituições afetadas incluem universidades de Estudos de Informática em Pathein e Taungoo, Universidade de Sittwe, Universidade de Maubin e universidades tecnológicas em Taunggyi, Hpa-an, Pathein e Kengtung.

 

Estes números representam apenas aqueles que o Irrawaddy conseguiu verificar, e portanto o número real daqueles que foram suspensos pode estar subnotificado.

 

“Aconteça o que acontecer, continuaremos engajados neste atual movimento de desobediência civil até o final. Temos que resistir porque não podemos deixar nossas futuras gerações sob o domínio militar”, disse um importante professor assistente da Universidade de Yangon, não identificado, acusado de incitação pelo regime. 


Orgulho da luta

Os professores estão felizes e orgulhosos por terem sido retirados de suas funções, disse o professor não identificado.

 

Os educadores grevistas que ainda não foram incluídos nas listas de suspensão estão até mesmo preocupados com o fato de que serão confundidos pela sociedade como apoiadores do regime.


O regime militar que planeja reabrir universidades e escolas está enfrentando resistência crescente, com manifestações anti-regime, pedindo boicote educacional como parte do movimento nacional contra a junta militar golpista. Os educadores consideram que a resistência é um sinal de que o golpe está fracassando. 


Diante da escassez de educadores, o regime militar está recrutando professores e planeja dar promoções a trabalhadores não pertencentes ao movimento de oposição para substituir reitores grevistas e vice-reitores, denunciaram os educadores mobilizados. 


A junta também está pressionando os funcionários grevistas do governo, incluindo ainda os profissionais da saúde, a voltarem ao trabalho, processando-os por incitação e prendendo e perseguindo parentes de militantes.


Fonte: CSPConlutas

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