Leite quer volta às aulas presenciais já na semana que vem
O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, na terça (1), um novo calendário que prevê o retorno às aulas presenciais no Rio Grande do Sul a partir do dia 8 de setembro. O Ensino Infantil poderá retomar as atividades primeiro, seguido pelo Ensino Superior, Médio e Técnico em 21 de setembro, os anos finais do Fundamental em 28 de outubro e os anos iniciais em 12 de novembro.
A proposta do governo gaúcho é que a rede estadual reinicie as aulas presenciais de Ensino Médio em 13 de outubro. Só será permitido o retorno em localidades que estiverem bandeira amarela ou laranja há pelo menos duas semanas.
O governador ignora a dura situação que o Rio Grande do Sul segue enfrentando em meio à pandemia de Covid-19. A capital Porto Alegre registra recorde de ocupação de leitos de UTI por infectados, com 345 pacientes simultâneos. O estado tem 127 mil casos confirmados e mais de 3500 mortes por Coronavírus.
Crianças carregam altas cargas virais de Covid
Estudo de cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado no final de agosto no Journal of Pediatrics, afirma que as crianças carregam uma carga viral de Covid muito mais alta do que o imaginado, em especial nos dois primeiros dias de infecção. Segundo os pesquisadores, o estudo sugere que as crianças podem ser portadoras de alta carga viral, sendo mais contagiosas independentemente das chances de desenvolverem sintomas graves de Coronavírus.
Conselho Estadual de Direitos Humanos é contra a volta às aulas
Em nota divulgada na sexta-feira (28), o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) recomendou ao governador e aos prefeitos que não retomem as aulas presenciais no atual estágio da pandemia de Covid-19.
O CEDH afirma que o Estado do Rio Grande do Sul não atende os requisitos considerados como mínimos pela Organização Mundial de Saúde para o controle da pandemia: a redução acentuada das curvas de mortalidade e contágio, baixa taxa de contágio comunitário e capacidade de realizar testes em massa, rastrear contatos e isolar casos suspeitos com agilidade.
Assessoria ADUFPel com informações de Sul21, UOL e CPERS. Imagem de CPERS.