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Notícia

Manifesto das Entidades Sindicais da Educação sobre a volta às aulas no Estado

A pandemia de coronavírus tem mantido suas taxas de contágio elevadas. Os dados para o Brasil, nos últimos 15 dias, apontam mais de meio milhão de infectados, com um total de 132.000 pessoas que perderam suas vidas para a doença. No Rio Grande do Sul, temos, para este mesmo período, 32 mil novos casos, e um total de 3.600 mortes. Estes números deveriam ligar o sinal de alerta para qualquer gestor público consciente da potencialidade infecciosa e letalidade desta doença, mas o governador Eduardo Leite não parece se enquadrar nesta categoria de gestores.


O anúncio de retorno às aulas presenciais em meio a este panorama incontrolável da doença beira à inconsequência, à completa falta de empatia, ao sadismo e ao desprezo pela vida do povo trabalhador. Eduardo Leite aponta para a retomada das atividades presenciais nas escolas colocando o bem-estar e a segurança de trabalhadores, estudantes e suas famílias na base de sua lista de prioridades.


Em um momento em que autoridades sanitárias recomendam o não retorno às aulas presenciais; responsáveis, professores e funcionários de escola posicionam-se contrários em pesquisa feita pelo próprio governo; entidades sindicais da educação apontam os riscos que se corre com tal postura; e até mesmo os prefeitos da zona sul do estado veem com preocupação o anúncio, o governador Eduardo Leite, sob justificativas suspeitas, elabora um calendário de retorno. Se não atende às expectativas e à vontade das comunidades escolares, a quem atende a proposta de Eduardo?


Compreendendo as escolas como depósitos de crianças e jovens, o governador se justifica alegando que pais e responsáveis precisam de um lugar para deixar seus filhos na retomada das atividades econômicas no estado. Esse caminho amplia astronomicamente a potencialidade da doença, uma vez que trabalhadores e estudantes passam a se colocar em risco, tornando-se vetores de contágio da doença.


É necessário prudência e responsabilidade para a condução do retorno às atividades presenciais na educação, duas coisas que estão faltando ao governador neste momento. Com os números que temos para o coronavírus, é impossível pensar em retorno às aulas sem pensar também em uma explosão de contaminação e mortes.


Por esse motivo, as entidades sindicais da educação em Pelotas posicionam-se totalmente contrárias ao que propõe o governador Eduardo Leite e apontam a necessidade de cuidar, antes de tudo, de horizontes de controle e tratamento da pandemia.


Assinam: ADUCPEL, ADUFPel, ASUFPEL, CPERS, SIMP, SINASEFE IFSUL, SIMPRO/RS e SINTAE/RS.


Pelotas, 16 de setembro de 2020. 


Clique aqui para acessar o panfleto. 


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