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Notícia

Marcha Sirley Amaro, no 20 de novembro, presta tributo a séculos de resistência negra

Este ano, o 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra terá como palavra de ordem “Fora Bolsonaro Racista” e a data será marcada pela união das pautas contra o racismo estrutural e institucional no Brasil às da classe trabalhadora. 


Nesta luta, a Coalizão Negra por Direitos, a Convergência Negra e a Comissão Organizadora da Campanha Nacional Fora Bolsonaro estarão unidas para reivindicar igualdade racial, defender a vida e a democracia e protestar contra a PEC 32, da Contrarreforma Administrativa. 


A frente ampla que compõe a Campanha Fora Bolsonaro fez um chamamento para que sindicatos, movimentos e partidos integrem a luta para ecoar ainda mais a mensagem. Como pontua a presidenta da ADUFPel, Regiana Blank Wille, “os atos que seriam realizados no dia 15 foram passados para o dia 20 de novembro para fortalecimento mútuo. Será um grande ato!”. 


Marcha Sirley Amaro

Em Pelotas, a história da resistência negra é antiga. Como nos lembra a historiadora e militante Francisca Mesquita Jesus, ela se inicia logo que a primeira pessoa preta colocou os pés na cidade - região que durante muito tempo ficou conhecida como o “inferno dos negro”, devido à exploração nas charqueadas.

 

Tributária a essa história de lutas, e às trajetórias daqueles que a compuseram, acontece neste 20 de novembro mais uma edição da marcha “Mestra Griô Sirley Amaro”. A manifestação é resultado de uma construção coletiva, da qual a ADUFPel é uma das organizadoras.


A marcha será realizada neste sábado (20) a partir das 9h30. A concentração será no Altar da Pátria (avenida Bento Gonçalves) e a caminhada segue até o Mercado Central de Pelotas. Mais informações nas redes sociais da manifestação.


A comunidade está convidada a participar do ato e de levar cartazes e mensagens que representem suas lutas, mas reconhecendo este caráter aliado. Ainda assim, Francisca pondera: “sabemos que a população negra é das mais afetadas pela política genocida do governo. No entanto, relembramos que nesta data o protagonismo deve ser nosso”. 


Quem foi Sirley Amaro?

A mobilização leva o nome da mestra Sirley, que faleceu no ano passado, mas que deixou um legado de vida. Nascida em 1936, foi carnavalesca, costureira e contadora de histórias. Ainda em vida, em 2020, foi a primeira mulher negra a receber o título de Doutora Honoris Causa da UFPel. 


“Era uma mulher que gostava de partilhar seus saberes, apesar da vida dura do que representa ser uma mulher negra em uma cidade conservadora”, relembra Francisca Jesus.

 

Em sua memória, a marcha tomou formas específicas. Em diálogo com filhos, amigos e aqueles que conheciam o trabalho da mestra, a manifestação agregou seus saberes. Entidades carnavalescas acompanharão com seus tambores as palavras de ordem. E além do álcool em gel e das máscaras a serem distribuídas, os participantes também levarão para casa alguns fuxicos, peça de artesanato pela qual a mestra tinha grande apreço.

 

Assessoria ADUFPel


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