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Municipários da educação de Pelotas saem em carreata em defesa da saúde e da vida

“Sem vacina a tod@s, escolas vazias” é o que defende o Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp), que organizou uma carreata pelas ruas da cidade no último sábado (22) contra a retomada presencial das aulas sem antes haver a imunização de toda a população. A manifestação teve início às 14h, a partir de concentração em frente ao Colégio Municipal Pelotense, e contou com a presença de mais de 60 veículos, além de ciclistas. 


A campanha integra a pauta principal de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação das escolas municipais, diante da iminência do ensino híbrido nas escolas, articulado pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), previsto para ocorrer a partir do dia 16 de junho. O calendário inicial foi divulgado sem diálogo com o Sindicato. 


A principal preocupação do Simp, neste momento de agravamento da pandemia e lentidão na vacinação da população em geral, é com a segurança de toda a comunidade escolar, bem como seus familiares. “A vacina tem que ser um instrumento de proteção de toda a comunidade escolar e de todos os servidores. A vacina tem que ser para todos”, aponta a presidente do Simp, Tatiane Rodrigues. 


A servidora também alerta para a tentativa da Prefeitura em desmobilizar os servidores, já que um dia antes da carreata anunciou um calendário de vacinação de profissionais da educação, e manifesta outra inquietação. “Nossa preocupação é se no dia 16 de junho todos estarão vacinados com a segunda dose, por exemplo, se fossemos trabalhar só com o universo limitado da educação. Provavelmente não, porque, em relação às vacinas que estão sendo utilizadas aqui em Pelotas, todas necessitam da segunda dose”. 


Ou seja, mesmo que a vacinação desses profissionais inicie em 28 de maio, conforme a agenda de imunização divulgada pela administração municipal, em 16 de junho os servidores ainda não estariam completamente imunizados. Além disso, a pauta de luta dos municipários, de garantir a vacinação da população, também não estaria contemplada. 


Outras preocupações

Em Pelotas, até então, apesar de não haver aula presencial, as escolas da rede municipal estão funcionando em esquema de plantão, no qual 25% das equipes têm atuado no atendimento à comunidade escolar.  


Nesses plantões, considerados problemáticos pelo Simp, os trabalhadores estão expostos e correm risco tanto de pegar Covid-19 quanto de transmitir. “Esse é um processo que já está trazendo tragédia para dentro das comunidades. Tivemos caso de uma mãe que convivia com a equipe da escola ao ir buscar material, que positivou para Covid e veio a óbito”, conta Tatiane. 


Ainda, o Sindicato preocupa-se com a estrutura adequada para o retorno e o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Segundo Rodrigues, diferentemente do que vem afirmando a Secretaria de Educação e Desporto (Smed), de que os equipamentos serão adequados, anunciou que irá distribuir máscaras de tecido. 


“Nós recebemos um documento, de apontamento do Ministério Público do Trabalho para as escolas de educação infantil privada, que diz que máscara para cozinha tem que ser no mínimo PFF2, e a Secretaria, em uma reunião com as merendeiras e o setor da nutrição, disse que vai disponibilizar uma máscara de tecido para cada uma e as demais serão responsabilidade das merendeiras. Estamos falando de uma categoria que recebe complemento para salário mínimo e não recebe nem insalubridade”. 


Ensino híbrido

A Smed divulgou, no dia 21 de maio, o retorno das aulas no sistema híbrido, de forma gradual, a partir do dia 16 de junho, para alunos do Ensino Infantil e os do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. A volta das turmas do 3º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio está em fase de organização e será realizada de forma gradual também, mas ainda sem data.  


O retorno de cada escola está condicionado à aprovação dos seus respectivos planos de contingência pelo Centro de Operações de Emergências da Saúde para a Educação (COE-E) municipal.


Vacinação 

A primeira dose da vacinação de profissionais da educação em Pelotas está prevista para acontecer no dia 28 de maio, por meio do sistema drive-thru, no Centro de Eventos, das 9h às 17h. O público-alvo são os professores do ensino municipal, estadual e privado que atuam na Educação Infantil e 1º e 2º ano do Ensino Fundamental e demais trabalhadores que retornam às aulas presenciais neste momento, como auxiliares de educação infantil, merendeiras, porteiros, equipes administrativas e de serviços gerais, por exemplo.


Para receber a vacina, os professores e demais profissionais precisam apresentar, na hora da aplicação, uma declaração emitida pela escola onde trabalham, em papel timbrado, seguindo modelo padrão disponibilizado pela Prefeitura no hotsite do coronavírus.


Assessoria ADUFPel

Com informações de Simp e Prefeitura de Pelotas 


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