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Paraguai: Manifestantes pedem derrubada do governo por má gestão contra a pandemia

Na noite desta segunda-feira (8), manifestantes paraguaios foram às ruas pelo quarto dia consecutivo protestar contra a má gestão federal contra a pandemia. Na sexta-feira, quando 10 mil pessoas foram às ruas da capital, Assunção, houve enfrentamento com a polícia e 20 pessoas ficaram feridas. Ontem, a polícia levantava panos brancos pedindo tranquilidade. Não houve violência, apenas indignação.


Os protestos levaram à renúncia do então Ministro da Saúde, Julio Mazzoleni. Sua gestão foi marcada por denúncias de corrupção, manipulação de licitações, falta de planejamento para a compra de insumos, vacinação lenta e outras tantas. O objetivo dos manifestantes agora é a derrubada do presidente Mario Abdo Benítez e do vice Hugo Velázquez, considerados incapazes de gerir o país durante a pandemia.


O Paraguai vive seu pior momento de contágio. Até a última quinta-feira, o país vizinho somava 164 mil casos da doença e 3.256 mortes desde o começo da crise. Com 6,9 milhões de habitantes, o Paraguai possui uma população 30 vezes menor que a brasileira, de 209,5 milhões. Proporcionalmente, o cúmulo da falta de gestão que levou o povo às ruas seria o equivalente a quase 99 mil óbitos e 5 milhões de casos por aqui. Na mesma data, entretanto, o Brasil já se aproximava dos 200 mil mortos e quase 11 milhões de contaminados pela Covid-19. Mais do que o dobro.


Entre as incompetências administrativas das quais o ex-ministro foi acusado está o fato de, em meio a pandemia, não ter comprado com antecedência os principais medicamentos do “kit intubação”, utilizados para sedar pacientes nas UTIs. Mazzoleni negou as denúncias feitas por familiares dos pacientes internados, mas pouco depois precisou aprovar com o Congresso a compra de meio milhão de dólares em medicamentos custando três vezes o valor normal. Situação parecida foi vivida no Brasil durante a crise no Amazonas, quando o medicamento Atracúrio teve uma alta de consumo da ordem de 3.700%.


O novo Ministro da Saúde, Julio Borba, já foi convocado, nesta manhã, para informar sobre o andamento da compra e entrega de vacinas Sputnik V que já foram adquiridas junto ao Fundo Russo de Investimentos Diretos. No Paraguai, até o momento, apenas 4 mil doses foram recebidas no país e não há previsão para a chegada de novas doses.


Assessoria ADUFPel com informações do ABC Color

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