ADUFPEL - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas

Logo e Menu de Navegação

Andes Sindicato Nacional
A- A+

Notícia

População da França continua mobilizada contra reforma da Previdência; Conselho decide sobre pensões nesta sexta (14)

noticia

Foto: Reprodução CTG França/Arquivo

A população da França continua nas ruas da capital Paris, e de outras cidades do país, contra a reforma da Previdência. Na quinta-feira (13), 1,5 milhão de manifestantes se mobilizaram, segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT), no 12º dia de protestos, às vésperas da reunião do Conselho Constitucional que vai emitir seu parecer sobre a alteração nas regras de aposentadoria. No dia 6 de abril, quase 2 milhões de pessoas, apoiadas por 93% da população, também ocuparam as ruas para dizer não à aposentadoria aos 64 anos. 

Nesta quinta, manifestantes protestaram na sede da gigante LVMH, detentora de marcas especializadas em artigos de luxo, em meio ao crescimento recorde das ações da empresa, e em frente à sede do Conselho Constitucional. A polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Após os atos, as autoridades proibiram qualquer manifestação em frente à sede da instituição próxima ao Museu do Louvre e mobilizaram um forte dispositivo de segurança.

Os protestos são a última “cartada” para fazer pressão contra as novas regras, que serão analisadas na sexta-feira (14), pelo Conselho Constitucional francês, que é o órgão máximo para revisão da constitucionalidade das leis na França. 

A reforma previdenciária foi imposta às francesas e aos franceses a partir da decisão anunciada pela primeira-ministra Élisabeth Borne de recorrer a um dispositivo constitucional considerado antidemocrático. O artigo 49.3 da Constituição Francesa permite a aprovação de projetos de lei apresentados pelo governo mesmo sem a votação do texto pela Assembleia Nacional. 

Os sindicatos e a maioria da população, de acordo com as pesquisas, querem que o governo volte atrás em sua reforma, que pretende aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e antecipar para 2027 a exigência de contribuição por 43 anos, e não 42 como atualmente, para o direito a uma aposentadoria completa.

Essas mudanças, defendidas pelo governo, afetam diretamente as mulheres. Por causa da maternidade, conforme a CGT, 40% delas, contra 30% dos homens, aposentam-se com carreira incompleta e, portanto, com valores de aposentadoria reduzidos. Elas recebem pensões diretas 40% menores que as dos homens.

Fonte: ANDES-SN, com informações da CGT France e de agências de notícias


Veja Também

  • relacionada

    Novos ataques de fazendeiros atingem comunidades indígenas em três estados

  • relacionada

    Contribuição previdenciária de aposentadas, aposentados e pensionistas - o que está em deb...

  • relacionada

    Nota de Repúdio ADUFPel sobre reintegração de posse do Kilombo Urbano Ocupação Canto de Co...

  • relacionada

    Podcast Viração aborda fim da greve e o retorno das aulas na UFPel

  • relacionada

    Em novembro, ANDES-SN realiza seminário e curso de formação sindical sobre os 60 anos do g...

  • relacionada

    CCJ do Senado adia análise do Marco Temporal para outubro

Newsletter

Deixe seu e-mail e receba novidades.