ADUFPEL - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas

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Notícia

Por que fazer greve?

1. Está em jogo a concepção de educação pública. É preciso avançar na luta em defesa da universidade pública, pelas nossas condições de trabalho e estudo, por orçamento e salário. Nossas conquistas são resultado de lutas e de greves e temos que dizer que o fundo público está sendo destinado ao grande capital e aos grupos privados.

2. Há um desmonte dos serviços públicos em curso já há algum tempo, buscando a implementação de um “estado mínimo”, e a participação intensa do setor privado em áreas como saúde, educação, previdência, segurança pública e outras

3. A campanha para tirar Bolsonaro do governo foi essencial, mas o "ajuste" liberal continua na economia com setores privados abocanhando o fundo público, e em área da educação forte influência de grandes corporações, como a Fundação Lemannn, por exemplo.

4. Nosso enfrentamento não é contra o governo A ou B, mas em defesa dos direitos das/os trabalhadoras/es. E uma greve neste momento fortalece a posição do grupo mais a esquerda no governo que deseja realmente “tirar a bomba do bolso dos servidores”.

5. Em que pese sabermos que era imperioso retirar Bolsonaro e seus comparsas do poder, o atual governo não fez nenhum movimento até agora para revogar medidas que tiraram direitos da classe trabalhadora, ação essa que é política e sem qualquer impacto financeiro, como, por exemplo, a transferência das aposentadorias para o INSS.

6. A Contrarreforma Administrativa (PEC 32) só não foi votada à época em função da luta das/os servidoras/es em Brasília, durante 14 semanas – ainda na pandemia – e onde a ADUFPel esteve representada em todas elas, enfrentando a Covid e a polícia que usou seus recursos tradicionais: a força e spray de pimenta nos nossos olhos.

7. Houve importantes movimentos de resistência e greves no Governo Bolsonaro. O Brasil teve 1.067 greves em 2022. Vários setores fizeram enfrentamentos e, inclusive, docentes da base do ANDES-SN. Houve greve de docente na Bahia, em Porto Alegre, no Paraná, em Goiás. Vimos por exemplo uma longa greve do DETRAN-RJ, do Metrô-SP e também dos garis da COMLURB do Rio. Na Caixa Econômica Federal houve uma forte adesão na greve de 1 dia. Em Pelotas, durante o governo Bolsonaro, fizemos um dos maiores Atos em Defesa da Educação Pública quando o então Ministro da Educação disse que as Instituições de Ensino Superior eram lugares de “balbúrdia”.

8. É importante lembrar que a diretoria da ADUFPel chamou nada menos do que 9 Assembleias para discutir a greve durante o governo Bolsonaro. Poucas/os docentes participaram e, as/os que participaram, em sua maioria, referiam receio em enfrentar um governo de direita, fascista e, por isso, não apoiavam a greve naquele momento.

9. Outro dado relevante é o fato que hoje na UFPel há em curso a execução de três semestres em um ano, situação essa que a comunidade da UFPel foi contra, em resultado de consulta promovida pela própria reitoria, e a ADUFPel manifestou também sua posição no Conselho Superior. Infelizmente, fomos derrotados no Consun, tendo sido os TAE e o professor Carlos Mauch os que votaram contra esse calendário.

10. Entre as tantas pautas como o Novo Ensino Médio (NEM), o Ensino à Distância (EAD), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Base Nacional Comum para a Formação (BNC Formação), Programa de Gestão de Desempenho (PGD), e outros temas relevantes, a ADUFPel promoveu debates a partir do Grupo de Trabalho de Política Educacional local, com convidadas/os, rodas de conversa, painéis, e participou de todas as atividades locais e nacionais, assim como lutou em todas as frentes pela desmilitarização das escolas.

11. Sobre as negociações com o governo, não temos conseguido avançar. Em 2023, diante de uma corrosão inflacionária de mais de 30%, o governo concedeu reposição de apenas 9% as/aos servidoras/es, percentual este previsto do orçamento do ano anterior (gestão Bolsonaro). Para este ano, a proposta é ZERO%, desconsiderando nossas perdas históricas e, no caso de docentes, um congelamento de 6 anos. Além do reajuste ZERO, oferece reajuste em benefícios (que não atinge o conjunto da categoria, ampliando o divisionismo nas nossas bases). A oferta é 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

12. Sobre a reestruturação da nossa carreira, a mesa de negociação também não avançou. Não tivemos nenhuma proposta do governo, que recebeu uma entidade que não tem carta sindical (portanto, não representa oficialmente a categoria docente) e levou mais de ano para receber o ANDES-SN.

13. Sobre o orçamento público para as Instituições de Ensino Superior (IES), foi anunciado na última sexta-feira um corte de 2,9 bilhões e a ANDIFES (Associação Nacional de Dirigentes das  Instituições de Ensino Superior) fez nota pública criticando a redução no orçamento e anunciando ser impossível cumprir o calendário com menos esse valor. Isto pode significar não ter recurso para atividades de ensino, pesquisa e extensão, não ter combustível, não ter recurso para reparos nas salas e, inclusive, riscos para a assistência estudantil.

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