Em Assembleia Geral Permanente nesta sexta-feira (05), docentes da UFPel e IFSul-CaVG aprovaram a disposição para greve sanitária por unanimidade. A deliberação será levada para reunião conjunta dos Setores das IFES e das IEES/IMES do ANDES-SN, a ser realizada no sábado (6), pela presidente da ADUFPel, Celeste Pereira.

Durante o processo de votação, Pereira reforçou os contextos para a opção pela greve. “A pandemia segue em uma situação dramática. São mais de 200 mil mortos, novas variantes do vírus, e à revelia reforça-se a pressão para o retorno às atividades presenciais”. No mesmo panorama, destacou que os docentes se veem diante da precarização do ensino, estando a Universidade com repasse de recursos cada vez menores e com a perspectiva da Reforma Administrativa – na qual uma das pautas é a redução do salário dos servidores públicos.

Em manifestações públicas, os docentes criticaram ainda as sugestões de que professores fossem alçados à prioridade na vacinação. Nesta perspectiva, ainda que os docentes fossem vacinados, os alunos ainda seriam colocados em risco. Para a preservação da vida, ainda que aulas remotas não sejam reconhecidas pelo Sindicato Nacional como cenário ideal para aprendizagem, a categoria reconhece que são uma necessidade enquanto a imunização da população não for uma realidade.

Em paralelo, vozes se levantaram para questionar o modo como a atividade docente em período pandêmico – cuja carga de trabalho se acumulou ainda mais por conta das demandas do ensino remoto – tem sido menosprezada, como se o trabalho fosse realizado apenas estando presencialmente nas salas de aula. O resultado é uma sobrecarga que afeta a saúde física e mental dos docentes. Celeste Pereira lembrou ainda que já há um ofício para a reitoria, formulado anteriormente pela assembleia, que trata sobre o adoecimento dos docentes durante a pandemia, mas que a conversa aguardada ainda não aconteceu.

Assessoria ADUFPel

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