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Pouca transparência nas prioridades para vacinação em Pelotas gera confusão

Segue confusa a lista de prioridades para vacinação contra COVID-19. Nesta quinta-feira (18), em Pelotas, trabalhadores da saúde com menos de 60 anos formaram uma longa fila no prédio da reitoria do Instituto Federal Sul Rio-Grandense (IFSul), onde ocorre a vacinação nesta etapa. Apesar do Ministério da Saúde ter recomendado no dia 8 que apenas os profissionais que atuam na linha de frente fossem vacinados neste primeiro momento, a cidade não fez esta distinção.


O motivo alegado para a abertura para uma gama mais ampla – que vão dos profissionais de educação física aos biólogos – foi de ainda restarem 1530 doses da vacina após a imunização dos idosos. A questão, todavia, não é a recusa da vacina a um ou outro grupo de trabalhadores, mas o estabelecimento da prioridade. Algo que não vem sendo discutido da maneira como se esperava.


“Só ficamos sabendo sobre a situação de ontem através da imprensa”, assevera Eliana Bender, representante da ADUFPel e 1ª vice-coordenadora do Conselho Municipal de Saúde de Pelotas, o CMSPEL, entidade que tem atuado também na fiscalização das ações contra a pandemia. “Quando há interesse que o conselho aprove as ações realizadas, ele é acionado. Já no caso do cronograma da vacinação, quando poderíamos ajudar na discussão sobre as prioridades e colaborar na divulgação de informações corretas, somos deixados no escuro”.


Conforme a vice-coordenadora, uma circular compartilhada ontem informa que, na cidade, 55 fichas serão distribuídas para cada uma das quatro Unidades Básicas de Saúde. A vacinação ocorrerá nesta sexta-feira entre 10h e 15h para idosos acima dos 85 anos. Confira aqui informações sobre os locais e quais documentos levar.


Prioridades


A falta de transparência na definição das prioridades para a vacinação geram iniciativas que colaboram para um estado de incertezas. Exemplo disso é o projeto de lei (PL) 22/2021, protocolado no dia 9 deste mês na Assembleia Legislativa do RS, que prevê prioridade na vacinação de professores no Rio Grande do Sul. A medida endossa um coro que exige o retorno ao ensino presencial, colocando em risco a vida dos alunos e funcionários que não serão imunizados dentro de pouco tempo.


Em entrevista para o programa Viração, da ADUFPel, Adriana D’Agostini, que é professora da graduação e pós em Educação da UFSC, questiona a legitimidade de propostas semelhantes. “Muita gente questiona o motivo de Shoppings e academias estarem abertas, mas a escola permanecer não-presencial. É preciso lembrar que essas outras atividades são optativas, dependem da escolha. Educação é obrigatória”. Para ela, vacina para todos, respeitando as prioridades, é um imperativo antes de se pensar no retorno ao presencial.


Casos exemplares dessa falta de políticas públicas para contenção da pandemia só tendem a aumentar. Em notícia divulgada ontem, apenas uma semana após a volta às aulas no modelo híbrido, a escola particular Santa Mônica, em Pelotas, registrou 6 casos de contaminação entre professores e precisou suspender as aulas. Escolas públicas da rede estadual voltam a partir de março também no ensino híbrido, o que deve trazer à tona novos casos. 


Assessoria ADUFPel


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