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Notícia

Projeto Vivências Teatrais em Escolas reúne arte e educação no interior do RS

A arte é fundamental em nossas vidas. É uma forma de expressarmos nossas emoções, história e cultura. É por meio dela que podemos traduzir nossas experiências de vida e nos comunicarmos. 


Na educação, ela vai além, pois desperta e desenvolve a capacidade de criação, de compreensão e interação social, além de auxiliar o processo natural de desenvolvimento cognitivo e até mesmo motor. É por isso que o ensino da arte está presente desde as primeiras etapas escolares e constitui-se como uma ferramenta pedagógica importante. 


A escola é, também, muitas vezes, o local que proporciona o primeiro acesso de crianças a manifestações artísticas, onde podem conhecer diferentes linguagens e compreender a arte como uma área de conhecimento. 


Nesse sentido, como uma forma de reforçar a importância da arte, propiciar a vivência do teatro e estreitar laços da Universidade com a comunidade, foi criado, em 2017, o projeto de extensão “Vivências Teatrais em Escolas”, coordenado pelas professoras Vanessa Caldeira Leite e Andrisa Kemel Zanella, do curso de Licenciatura em Teatro da UFPel. 


Em seus quase 5 anos de existência, o projeto vem sendo desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas, do município de Pedro Osório, cidade natal de Vanessa. Tudo começou quando a professora de arte da escola procurou o grupo para que desenvolvesse oficinas de teatro em contraturno. 


Desde então, acadêmicos do curso vinham realizando oficinas semanais para crianças e adolescentes do 5º ao 9º ano, com o apoio da Prefeitura de Pedro Osório, que garante o transporte dos estudantes da UFPel. Oficinas baseadas em atividades teatrais, jogos dramáticos, expressão corporal, improvisação e outras envolvendo o ensino do teatro. 


Conforme Vanessa, o projeto busca desenvolver as potencialidades criativas e expressivas de crianças, adolescentes e jovens da Educação Básica por meio de atividades teatrais. Além disso, busca estimular o gosto pelas artes em geral e, mais especificamente, apresentar a linguagem cênica como uma possibilidade de criação artística, contribuindo para a formação de indivíduos mais críticos, reflexivos e comprometidos. 


“Na verdade, o objetivo do projeto é vivenciar o teatro. A gente não quer formar ator, a gente quer que ele tenha experiências estéticas, novas formas de ver e de agir no mundo a partir de uma linguagem cênica. Estamos cumprindo o nosso papel enquanto Universidade, enquanto curso de Teatro, formando os acadêmicos como bons professores, e transformando pessoas". 


Arte na pandemia

Segundo a docente, a pandemia trouxe à tona muitos anseios e incertezas do que vem pela frente e evidenciou a falta que espaços de lazer fazem para a escuta sensível do nosso corpo. É por isso que ressalta a necessidade de trabalhar as emoções, tanto de adultos quanto de crianças, para evitar o desenvolvimento de doenças psicossomáticas.

 

“A pandemia nos obrigou a voltar para casa e a ficar em casa, e, agora, a casa é o espaço de estar. Então, esse voltar para casa acabou sendo um voltar-se a si mesmo, que passa muito por um processo de autocuidado, de auto-reflexão sobre esse espaço, esse ambiente e as relações que a gente tem com a nossa família”. 

Outra coisa que também se viu obrigada a mudar foi a execução do projeto. Por conta disso, alternativas para que ele continuasse vivo e proporcionando esse olhar mais atento ao corpo e à mente foram pensadas e vêm sendo aplicadas desde o início de 2020. 


Com as atividades presenciais paralisadas, o grupo no WhatsApp do projeto foi mantido e deu-se início a novas ideias, a maior parte em frente às telas. Nesse período, foram realizadas atividades virtuais e foi produzido o material de memória do projeto.


Porém, isso gerou anseios à equipe. ”A gente começou a ver que mandar coisas do projeto para que eles realizassem não tinha sentido, porque o sentido do teatro é muito da presença, de estar junto, do jogo, do contato visual”, aponta Vanessa. 


A alternativa foi desenvolver um jogo de tabuleiro didático e pedagógico, que foi distribuído aos participantes do projeto. O “Vivências Teatrais em Escolas” passou a promover vivências teatrais em casa. Com muito afeto e carinho, segundo a professora, foi feita cada peça, chamada de card, contendo exercícios de autocuidado: respiração, concentração e relaxamento. O jogo foi entregue em novembro e o próximo passo será a avaliação da forma como foi recebido e trabalhado no dia a dia.


Assessoria ADUFPel

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