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Seções sindicais do ANDES-SN no RS unificam-se em campanha contra o Novo Ensino Médio

Sob a coordenação da Regional Rio Grande do Sul, sindicatos divulgam outdoors em vários municípios


As seções sindicais do ANDES-SN no Rio Grande do Sul estão promovendo uma campanha unificada pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM), instituída ainda durante o governo do presidente Michel Temer. Para dar visibilidade a essa campanha, as seis entidades – Sedufsm, Adufpel, Aprofurg, Sesunipampa, Sindoif e seção sindical da UFRGS- sob a coordenação da Regional RS do ANDES-SN, construíram materiais de denúncia ao NEM.


E dentre as estratégias desenvolvidas está a colocação de outdoors em algumas localidades próximas a universidades e institutos federais, totalizando 24 pontos em todo o território gaúcho. No caso da UFSM, os outdoors foram instalados em Santa Maria (Avenida Roraima, foto mais abaixo); Frederico Westphalen (Avenida São Paulo, esquina Paulo VI), Palmeira das Missões (Km 97 da BR-158) e Cachoeira do Sul (RST-287, entroncamento com a ligação para S. Maria). A veiculação coincide com a semana de luta pela revogação da reforma do ensino médio, cujo dia que marca a mobilização é esta terça, 27. Esses materiais devem ficar expostos até a semana que vem.

A Sedufsm está produzindo um material impresso que será distribuído durante a Feira de Economia Solidária (Feicoop) de Santa Maria, de 7 a 9 de julho. No texto elaborado, alguns dados são destacados, como por exemplo, que o NEM “produz o empobrecimento do conhecimento dos(as) estudantes, uma vez que reduz a carga horária de disciplinas básicas, ao mesmo tempo em que permite que inúmeros(as) estudantes tenham formações ainda mais precárias através de cursos de curta duração e aulas por videoconferência”.

Leonardo Botega, professor do Colégio Politécnico da UFSM e diretor da Sedufsm, que integrou a organização da campanha unificada das seções sindicais do ANDES-SN no Rio Grande do Sul, avalia:

“O Brasil foi um dos últimos países que incluiu o Ensino Médio no status de educação básica, ou seja, aquela modalidade cujo acesso deve ser universalizado. Porém, isso não significou igualdade e equidade de acesso. O Ensino Médio brasileiro, tanto em relação ao acesso, quanto em relação à permanência, tem uma característica muito desigual, com a população mais pobre tendo inúmeras dificuldades para a sua conclusão”.

Sobre o Novo Ensino Médio, Botega assinala que o projeto “aprofundou essa desigualdade ao destruir o currículo das escolas, sobretudo, das públicas, precarizando ainda mais o trabalho docente e o próprio processo de Ensino-Apredizagem. A campanha da Regional RS do ANDES denúncia justamente esse caráter nefasto do NEM, com um chamado à luta pela sua Revogação".

A reforma e seus retrocessos

O projeto de Reforma do Ensino Médio foi enviado ao Congresso Nacional pelo então presidente Michel Temer, em setembro de 2016, como medida provisória - MP 746. A proposta, elaborada de forma antidemocrática e unilateral, sem ouvir educadores, educadoras e estudantes, promoveu um verdadeiro retrocesso no processo de ensino brasileiro.

Milhares de protestos, ocupações estudantis e greve de docentes, técnicas, técnicos e estudantes eclodiram no país, para tentar barrar a proposta. Entidades sindicais e movimentos da sociedade civil organizada, ligados à Educação, como também partidos políticos e o Ministério Público Federal se manifestaram contra o projeto, que foi aprovado por parlamentares e sancionado por Temer em 2017.

"O nosso sindicato tem se posicionado contrário às medidas - que até então o governo golpista de Michel Temer queria introduzir no Ensino Médio -, por compreender que existia uma tentativa de subordinar a agenda educacional aos interesses do grande Capital. E isso se comprovou quando assistimos a introdução e a implementação do Novo Ensino Médio nos estados e municípios, resultando em um prejuízo educacional colossal à juventude e às filhas e aos filhos da classe trabalhadora”, afirma Cláudio Mendonça, da coordenação do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do ANDES-SN.

Fonte: Sedufsm, com informações do ANDES-SN

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