ADUFPEL - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas

Logo e Menu de Navegação

Andes Sindicato Nacional
A- A+

Notícia

Sem aumento real, salário mínimo passa para R$ 1.212 e não é suficiente para duas cestas básicas

No dia 1° de janeiro, o salário mínimo passou a ser de R$ 1.212,00. O valor, informado no Diário Oficial da União de 31 de dezembro, inclui a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao ano de 2021, estimada em 10,18%. Porém, novamente, não apresenta aumento real, conforme aponta o relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 


Pelo terceiro ano consecutivo, o piso – que é referência para milhões de trabalhadores brasileiros – não tem aumento real, apesar do custo de vida cada vez maior. A última vez que teve ganho real foi no início de 2019, primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro, quando o presidente assinou um decreto atualizando o valor do piso de acordo com a política de valorização aprovada no governo Dilma Rousseff, válida de 2016 a 2019.


Em oito capitais do país, ele não é suficiente para comprar sequer duas cestas básicas de alimentos, composta por 13 itens, considerando a última Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita pelo Departamento Intersindical.


Segundo a entidade, baseada em dados de novembro de 2021, o preço mais baixo da cesta básica foi encontrado em Aracaju (SE), de R$ 473,26 (46,5% do salário mínimo). O mais alto, de R$ 710,53 (aproximadamente 70% do salário mínimo), foi registrado em Florianópolis. Já a de Porto Alegre (RS) ficou em R$ 685,32. 


Levando em consideração as necessidades básicas, como os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese aponta que salário mínimo ideal, necessário para manter uma família brasileira de quatro pessoas, deveria estar em quase R$ 6 mil (R$ 5.969,17). Este é quase cinco vezes o valor estabelecido para este ano e o maior da história. 


Arrocho

De acordo com o Dieese, a inflação teve alta na taxa acumulada em 12 meses, a partir do segundo semestre de 2020, como resultado basicamente da elevação dos preços de três grupos de itens que compõem os orçamentos familiares: “Alimentação e bebidas”, “Transportes” e “Habitação”.


“Isso significa que aqueles trabalhadores com renda muito próxima ao salário mínimo foram os mais afetados com o rebaixamento drástico do poder de compra”, afirma em nota técnica. A entidade indica que 56,7 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo no Brasil.


Para a CSP-Conlutas, “na prática, ao não garantir aumento real ao Salário Mínimo, o governo só faz ‘enxugar gelo’. Com a inflação em alta, o novo salário mínimo deverá estar corroído em poucos meses, como aconteceu no ano passado”. 


Fonte: CSP-Conlutas, com informações de Dieese e edição de Assessoria ADUFPel Imagem: PixaBay



Veja Também

  • relacionada

    876 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

  • relacionada

    Entidades dão continuidade aos preparativos do 3º Congresso Mundial contra o Neoliberalism...

  • relacionada

    Human Rights Watch denuncia violações de direitos humanos contra crianças em El Salvador

  • relacionada

    Mais de 9 mil estudantes palestinos já foram mortos pelos ataques de Israel na Faixa de Ga...

  • relacionada

    Servidores e servidoras do INSS entram em greve por tempo indeterminado

  • relacionada

    Novos ataques de fazendeiros atingem comunidades indígenas em três estados

Newsletter

Deixe seu e-mail e receba novidades.