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Seminário aponta desafios e eixos de luta para a reorganização da classe trabalhadora

No último dia do Seminário Nacional sobre a Reorganização da Classe Trabalhadora (18) do ANDES-SN, as discussões foram retomadas com a mesa “Reorganização da classe trabalhadora: o que fazer?”. Representantes da coordenação do Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) do Sindicato Nacional  - Jennifer Webb (3ª tesoureira), Elizabeth Barbosa (1ª vice-presidenta da Regional RJ) e Alexsandro Donato (2º vice-presidente da Regional NE 2) - conduziram o debate. O evento ocorreu de 16 a 18 de junho, na Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), em Mossoró (RN).


Jennifer ressaltou que o acúmulo do seminário irá subsidiar, por meio do GTPFS, os próximos passos do Sindicato Nacional e também a realização dos cursos de formação sindical no segundo semestre, conforme já aprovado no 41º Congresso do ANDES-SN.  “O relatório final do GTPFS, dessa gestão que se encerra, trará também apontamentos para que a próxima coordenação possa se orientar”, acrescentou.

Elizabeth Barbosa fez uma síntese das discussões dos dois primeiros dias do Seminário, antes de abrir o espaço para falas das e dos participantes. “Percebemos [com os debates] o contexto complexo que é a luta sindical no século 21 e os desafios que temos. Não dá para pensar no fio condutor de nossas lutas sem nos debruçarmos sobre a importância da luta antirracista, antimachista, antiLGBTQIAP+fóbica, anticapacitista, antixenofóbica e anticapitalista para a emancipação da classe trabalhadora. Precisamos também pensar como a gente se organiza não só nacionalmente, mas também internacionalmente”, destacou.

A 1ª vice-presidenta da Regional RJ do ANDES-SN lembrou a participação da delegação do Sindicato Nacional no 2º Congresso Mundial contra o Neoliberalismo na Educação, no Panamá, que contou com representações de 30 países. Segundo ela, a forma de organização do ANDES-SN chamou a atenção. “Tomaram um susto quando falamos da paridade de gênero em nossa diretoria e dos espaços infantis em nossas atividades, para que mães e pais possam estar nos nossos espaços de luta do nosso sindicato”, contou. Ela ressaltou o quanto a possibilidade de mais mulheres estarem nos espaços sindicais modifica a luta.

Plenária
Diversas falas apontaram as lutas contra o Novo Ensino Médio, em defesa dos direitos dos povos indígenas, contra o Arcabouço Fiscal e em defesa dos serviços públicos como alguns dos fios condutores para uma plataforma de organização conjunta, em unidade com outros setores da classe trabalhadora.

Os e as participantes também discutiram sobre a mobilização da categoria docente no contexto de precarização e intensificação do trabalho. Foi destacada a urgência de pensar formas de enfrentar o desafio de trazer os novos professores e as novas professoras para dentro do Sindicato. Além disso, foi pontuada a necessidade de ampliar a compreensão dos diversos setores que compõem a categoria docente e avançar na unidade e na superação das divergências internas.

Enquete
Elizabeth Barbosa lembrou que o ANDES-SN está aplicando uma enquete junto à categoria para levantar dados das condições de trabalho e perspectiva da saúde do trabalhador docente. “Dentro da enquete a gente também está fazendo levantamento dos elementos do Sindicato Nacional, para mapearmos, nas nossas instituições, quem é essa base que não vem para o sindicato”, comentou a diretora.

Encerramento
Rivânia Moura, presidenta do Sindicato Nacional, ressaltou que o Seminário foi deliberado no 41º Congresso, em Rio Branco (AC), durante a discussão que resultou na desfiliação da CSP-Conlutas, diante da necessidade de pensar a reorganização da classe trabalhadora e o papel que o ANDES-SN tem nesse processo, tendo em vista o histórico classista do Sindicato.

“Fizemos esse chamado [para o seminário] ainda na nossa gestão pelo compromisso com as pautas aprovadas pela nossa categoria. É muito importante chegar nesse momento e ver que nossa expectativa foi superada positivamente pela qualidade do nosso debate, da diversidade de visões e percepções e pelos elementos que foram trazidos nas falas dessa plenária final. Saímos desse seminário certamente fortalecidos nesse compromisso que o ANDES-SN assume historicamente”, avaliou Rivânia.

A presidenta do Sindicato Nacional destacou que é importante refletir sobre o que move a classe trabalhadora, quais são as pautas urgentes, históricas, que mobilizam a classe trabalhadora, cuja grande parcela não está organizada, nem empregada. E que também é fundamental entender a categoria docente em sua diversidade, inclusive em suas diferentes condições de trabalho, pesquisa e aposentadoria.

“Esse seminário reforça o compromisso que o ANDES-SN tem com essa necessidade de reorganização da classe e de nossos instrumentos de luta. É importante reforçar a importância de termos um sindicato independente, autônomo e de luta”, ressaltou.

“Temos o compromisso de continuar lutando, sim, contra qualquer projeto que vá de encontro às nossas necessidades, às nossas condições de trabalho e de vida”, acrescentou Rivânia, convocando a categoria a seguir na luta contra o Arcabouço Fiscal e o Novo Ensino Médio.

Revoga NEM
Nos dias 25 e 27 de junho estão previstas atividades nacionais de mobilização pela revogação do Novo Ensino Médio, organizadas pelo ANDES-SN e demais entidades do Setor da Educação. No dia 25, ocorrerá um debate transmitido pela internet. Já no dia 27, será realizado um dia nacional de luta com ocupações em escolas e universidades, atos de rua, panfletagens e aulas públicas.


Participação da ADUFPel

A ADUFPel-SSind esteve no evento representada pela Vice-presidente Regiana Willie, a secretária geral Elaine Neves e por Celeste Pereira, que contribuíram com o debate relembrando momentos importantes da jornada política do ANDES-SN.

“Não podemos apagar tudo o que aconteceu no passado com a entrada e saída da CUT e tampouco o processo diferente com a saída da CSP Conlutas. Passar por esses processos nos dá o amadurecimento para encontrarmos uma nova perspectiva que nos leve à reconstrução da classe trabalhadora”, destacou Elaine. 

Além disso, pensando sobre o presente, a dirigente chamou a atenção para o agravamento da atual crise estrutural, resultado de um somatório de várias crises  e do fortalecimento do capital em um contexto considerado caótico, que não pode ser vista como as anteriores. “A tarefa é desafiadora, no entanto não podemos nos furtar de fazê-lo com muita luta e conscientes de que o embate será difícil", concluiu a secretária geral.

 

Confira a cobertura fotográfica em nosso Facebook. Assista aos debates em nosso Youtube.

Fonte: ANDES-SN com edição Assessoria ADUFPel


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