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Servidores encerram 12ª semana de luta contra PEC 32 em Brasília e articulam nova mobilização

Nesta sexta-feira (03), encerrou-se em Brasília mais uma semana de protestos - a 12ª consecutiva - contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, da Contrarreforma Administrativa. Servidores e servidoras de todo o país engrossaram a mobilização na capital federal, que tem garantido o adiamento da votação da medida na Câmara dos Deputados. Na próxima, seguirão atentos e realizarão uma Semana Nacional em Defesa da Educação Pública e Contra os Cortes. 


A jornada iniciou na terça (30), com mobilização no aeroporto para a chegada dos deputados. O dia 1º, pela manhã, foi destinado à visita nos gabinetes e em seguida, ao ato em frente ao Anexo II da Câmara, finalizando com intervenções e panfletagem na Rodoviária de Brasília para alertar a população sobre os riscos da PEC 32. Durante todo o dia 2, houve novamente visita aos gabinetes dos/as deputados/as. 


A ADUFPel, que faz-se presente na mobilização desde a primeira semana, teve como representantes no DF, durante estes dias, os docentes Larissa Dall’Agnol da Silva e Luiz Carlos Rigo. E, conforme conta Larissa, a atividade que mais a impactou foi a intervenção na rodoviária central, na qual foi instalada uma geladeira com pedaços de ossos. 


A ação buscou conscientizar, expressada por meio da arte, sobre a realidade do país, que enfrenta, durante o governo Bolsonaro, o aprofundamento da miséria, da fome e das desigualdades. “O que nos impacta tudo isso, dessa realidade que a gente vive e desse contexto sócio-econômico tão precário? O que nos impactou foi que muitas pessoas que estavam ali em volta queriam levar os ossos para casa. Algumas intervenções são intervenções que realmente mexem conosco e com a base. Então, a gente precisa estar sempre resistindo, se articulando, se movimentando com as centrais sindicais para defender a classe trabalhadora, que somos nós”, ressaltou. 


Semana Nacional em Defesa da Educação Pública e Contra os Cortes

Nos próximos dias, de segunda (6) a sexta-feira (10), o ANDES-SN realizará a Semana Nacional em Defesa da Educação Pública e Contra os Cortes. Durante o período, o Sindicato Nacional e suas seções sindicais realizarão atividades para chamar a atenção da sociedade para a importância da recomposição orçamentária e financiamento adequado da educação pública.


Além das atividades locais, organizadas pelas seções sindicais, também está prevista uma programação em Brasília (DF), para toda a semana, com a presença de representantes da diretoria nacional e da base do ANDES-SN, além de outras entidades do setor da Educação. Atos culturais, debates, mesas redondas, intervenções artísticas, exibição de filmes e rodas de conversa compõem a agenda de mobilização da próxima semana, na capital federal. 


“Na programação teremos atividades culturais e políticas na rodoviária do plano piloto, homenagem a Paulo Freire, debate sobre educação indígena, quilombola e do campo, roda de conversa com sindicatos da educação, movimentos sociais e movimentos de juventude, exibição de filme na Ceilândia, dentre outras ações. No dia 9, pela manhã, teremos atividades nas seções sindicais, com transmissão ao vivo. E, lembrando, toda essa programação está casada com a luta contra a famigerada PEC/32. Esperamos que toda nossa base se envolva mais ainda nessa programação e na campanha em si”, conclama Claudio Mendonça, 2º vice-presidente da Regional Nordeste 1 do ANDES-SN.


A Semana Nacional em Defesa da Educação Pública e Contra os Cortes integra a campanha "Defender a Educação Pública, essa é a nossa escolha para o Brasil", lançada pelo Sindicato Nacional, em setembro deste ano, para ampliar a luta pela recomposição orçamentária. Diversos conteúdos, como vídeos, postagens em redes sociais e outros materiais visam dialogar com a população sobre a importância da educação pública de qualidade para a transformação social. Confira aqui.


“A campanha, lançada agora no segundo semestre, tem conseguido avançar no diálogo com a sociedade, via ações nas redes, da importância das universidades públicas, dos institutos federais e dos Cefets”, destaca Mendonça, que também integra a coordenação do Grupo de Trabalho de Comunicação e Artes do ANDES-SN.


Cortes no orçamento

Os cortes orçamentários na Educação não são novidade. No entanto, atingiram um patamar que coloca em risco a existência das instituições públicas de ensino. De acordo com levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o Ensino Superior, no orçamento federal, passou de uma dotação autorizada de R$ 42,3 bilhões, em 2016, para R$ 29,5 bilhões, em 2021, sendo que destes, R$ 4,5 bilhões foram contingenciados, além de o autorizado ter sido menor, por ser alvo de vetos presidenciais.


No Balanço Semestral do Orçamento Geral da União - janeiro a junho de 2021, o Inesc destaca que a tramitação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 subestimou as despesas obrigatórias constitucionalmente, como Previdência Social, para aumentar o espaço no orçamento para as emendas parlamentares, que também possuem imperatividade de gasto.


“Essa manobra, junto com as prioridades do Executivo, levou a grandes vetos e bloqueios do Presidente da República quando da sanção da Lei, além de correções posteriores no valor das despesas obrigatórias. Entre cortes e bloqueios, que somaram quase R$ 30 bilhões, o Ministério da Saúde perdeu R$ 2,2 bilhões e o orçamento do Ministério da Educação diminuiu em R$ 3,9 bilhões. Apesar dos cortes, foram preservados R$ 35,6 bilhões em emendas parlamentares”, afirma o documento.


Fonte: ANDES-SN, com edição e inclusão de informações de Assessoria ADUFPel

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