?Os Servidores Públicos Federais (SPF) realizaram, ontem (7), diversos atos pelo país. A data, chamada de Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Serviços Públicos, fez parte da agenda de mobilização do Fórum Nacional das Entidades de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Em Pelotas, os docentes e servidores técnico-administrativos da UFPel e IFSul/CAVG, que estiveram paralisados durante o dia, somaram-se às demais categorias em um ato realizado no fim da tarde. Reunidos no calçadão da rua Sete de Setembro, dialogaram com a população sobre a importância da luta em defesa dos serviços públicos.

Ataques aos trabalhadores

Os principais eixos da mobilização englobaram a defesa da Campanha Salarial dos servidores federais de 2018, que reivindicam correção de 25,63%; a revogação da contrarreforma Trabalhista, da Lei das Terceirizações e da Emenda Constitucional (EC) 95/2016. A pauta também incluiu a defesa da Petrobrás 100% pública e a redução e congelamento dos preços dos combustíveis e gás de cozinha.

A EC 95, que congela os investimentos sociais do governo federal por 20 anos, foi aprovada em 2016 e configura-se como uma das mais duras medidas adotadas pelo governo federal em relação à educação. O investimento nas Instituições Federais de Ensino (IFE) diminuiu de R$ 13 milhões (em 2015) para R$ 5,9 bilhões (em 2018), o que ocasionou demissões de trabalhadores/as terceirizados/as, cortes em bolsas de ensino, pesquisa e extensão e sobrecarga de trabalho.

O orçamento da UFPel, assim como das demais IFE, já vem sendo afetado. Em 2017, houve redução de 30% do total de bolsas e cortes de 25% do efetivo de trabalhadores terceirizados. Além disso, para 2018, é previsto um déficit de R$ 14 milhões.

Assessoria ADUFPel

Foto: Assessoria ADUFPel