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Notícia

SESUNIPAMPA denuncia perseguição a professoras que indicaram irregularidades em concurso

Após indicar a demissão da docente que denunciou irregularidades em concurso público, a reitoria da Unipampa quer demitir também a professora Lúcia Maria Britto Correa, que presidiu a Comissão de Ética do referido processo seletivo. Conforme nota da diretoria da Sesunipampa, na última quinta-feira (16) a docente foi informada que o reitor da Universidade, Marco Hansen, acatou a decisão da Comissão Permanente de Sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares (COPSPAD) e do Procurador da universidade, que a enquadra em improbidade em relação ao concurso.



O concurso público denunciado pela professora Letícia de Faria Ferreira, que fazia parte da banca, aconteceu em 2015. Após constatar irregularidade no processo de seleção, a docente encaminhou denúncia aos órgãos e instâncias responsáveis da Universidade, entre eles a Comissão de Ética, presidida pela professora Lúcia Maria Britto Correa. A decisão da Comissão recomendou à reitoria a anulação do concurso. Ainda em 2015, a Justiça Federal determinou que o concurso permanecesse suspenso até que se encerrassem as devidas apurações. No entanto, o concurso foi homologado pela reitoria antes do fim do processo na Comissão e, em seguida, anulado pela Justiça Federal. Segundo a nota da Sesunipampa, “a composição da Comissão de Ética de então foi dissolvida, passando a professora Lúcia a responder um PAD [Processo Administrativo Disciplinar]”.


A professora Letícia Ferreira também passou por um PAD e, da mesma forma, a reitoria da Unipampa acatou o parecer do COPSPAD que indicou sua demissão.


A ADUFPel se solidariza com as professoras e reafirma a necessidade da luta contra o assédio e a perseguição dentro das universidades.



Confira a nota da diretoria da Sesunipampa:


NOTA DA DIRETORIA DA SESUNIPAMPA EM APOIO À DOCENTE LÚCIA MARIA BRITTO CORREA E EM REPÚDIO A SUA DEMISSÃO


Nós da Diretoria da Sesunipampa vimos a público para manifestar nosso apoio à docente Lúcia Maria Britto Correa e repudiar a sua demissão. No dia 16 de agosto passado, a professora da Unipampa Campus Bagé, foi informada que o reitor Prof. Marco Hansen acatou a decisão da COPSPAD e do Procurador da universidade que enquadrara a professora em improbidade em relação ao concurso, do qual foi banca, realizado em novembro de 2015 no Campus Jaguarão. A acusação é em razão de ter “flagrante relação direta de trabalho” com a candidata que obteve o primeiro lugar. Salientamos que a banca do concurso foi unânime em informar que não houve favorecimento. Assim como, não apenas nenhum candidato participante do certame recorreu do resultado, como depuseram na COPSPAD afirmando não terem ocorrido irregularidades. O concurso foi homologado e em 2017 foi anulado sem justificativa. O fato de a professora Lúcia ter sido Coordenadora do Curso de Letras na época em que a candidata foi professora substituta no Campus Bagé (por alguns meses) está sendo usado como principa ljustificativa para o suposto “favorecimento”, não havendo qualquer prova que sustente esta alegação.


É importante destacar que este caso de perseguição à docente está vinculado diretamente ao da professora Letícia de Faria Ferreira, pois a professora Lúcia ocupava a presidência da Comissão de Ética da universidade quando apurou as irregularidades denunciadas por Letícia relativas ao concurso no Campus da Unipampa de São Borja, no qual esta participou como banca. A decisão da Comissão de Ética recomendou à reitoria a anulação do mesmo, todavia, o concurso foi homologado antes do fim do processo da referida Comissão. A composição da Comissão de Ética de então foi dissolvida, passando a professora Lúcia a responder um PAD.


Cremos que estas ações por parte dos dirigentes da instituição estão coordenadas, e que novamente está sendo cometida grave injustiça contra a docente. A Unipampa estará assumindo enorme ônus perante a sociedade brasileira ao levar a cabo as demissões dessas duas servidoras.


O caso já foi informado à Comissão de Assédio do ANDES-SN que investiga nacionalmente situações de perseguição e criminalização de docentes, sendo o segundo ocorrido na Unipampa em menos de um ano. Nós que prezamos pelo exercício livre da profissão docente, por um ambiente de trabalho imune a perseguições de qualquer tipo, não podemos aceitar o cometimento dessa injustiça. A Reitoria deve revogar o acolhimento da demissão da professora Lúcia, bem como da professora Letícia!


Não silenciaremos diante desta e de quaisquer outras investidas contra nossa colega ou quaisquer outros/as docentes que possam ser alvos de injustiças similares.


Todo apoio à docente Lúcia Maria Britto Correa! Pelo rechaço ao parecer que propõe sua demissão!


Diretoria da Sesunipampa



Saiba mais

Comissão do ANDES-SN contra perseguições a docentes é instalada em Brasília

Nota de solidariedade da ADUFPel à professora Letícia


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