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Setor das Instituições Federais de Ensino Superior debate a construção da greve para 2022

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Foto: Arquivo ADUFPel (Ato em Brasília em 2019)

Setenta e três representantes das seções sindicais e da direção nacional do ANDES-Sindicato Nacional participaram, nesta quarta-feira (12), virtualmente, da reunião extraordinária do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O encontro pautou, majoritariamente, a construção da greve unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF). 


A necessidade do debate surgiu diante da atual conjuntura de ataques do governo federal ao funcionamento das Instituições de Ensino Superior, aos trabalhadores das IFES e a demais categorias dos serviços públicos. O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) vem discutindo a construção da greve unificada e, diante disso, as seções vinculadas ao ANDES-SN começaram a articular o enfrentamento, dada a urgência. 


Após relatos das mobilizações em Brasília e avaliações de conjuntura, a reunião do Setor definiu, por consenso, uma rodada de assembleia de 17 de janeiro a 11 de fevereiro para deliberar sobre a construção de greve unificada dos SPF, tendo como pauta a reposição salarial, as condições de trabalho, a revogação da Emenda Constitucional 95 (Teto dos Gastos), contra a Reforma Administrativa (PEC 32) e a construção de uma pauta específica da educação com as demais entidades que atuam nas instituições federais de ensino. 


Além disso, decidiu apoiar a proposta do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) em realizar um dia de paralisação e luta em 18 de janeiro, que será defendida na próxima reunião do Fonasefe, agendada para esta sexta-feira (14). 


A ADUFPel esteve representada pelas diretoras Celeste Pereira e Elaine Neves, que relataram a atual situação vivenciada pelos docentes na UFPel, cujo semestre letivo está previsto para iniciar presencialmente em 7 de fevereiro, apesar do grave momento de aumento dos casos de Covid-19, que avançam em progressão geométrica no município. “Está brutal a contaminação na cidade e alguns locais, inclusive, já estão optando pelo fechamento porque estão com surto de Covid entre os trabalhadores”, salientou Celeste. 


A docente também ressaltou que a diretoria da Seção Sindical entende ser fundamental apontar para a construção da greve geral unificada dos servidores públicos, em defesa dos serviços e das instituições públicas, mesmo consciente de todas as dificuldades que serão enfrentadas durante o processo. 


Ainda, reforçou a necessidade de união para o fortalecimento da mobilização: “É importante incluir as três esferas da federação e os servidores em sua totalidade. O índice de reajuste é importante, mas construirmos a unidade dos trabalhadores é muito mais neste momento. Além disso, devemos levar em consideração as condições orçamentárias nas instituições, condições de trabalho e estudo durante a pandemia e fora dela, assim como a carreira e a autonomia universitária”. Temas que, segundo ela, devem ser aprofundados. 


“Também precisamos saber que o nosso sindicato tem uma responsabilidade política importante, que é de assumir a radicalidade neste momento em defesa da educação pública superior. É fundamental que a gente compreenda isso. O momento não é fácil, nunca foi e não será”, apontou. 


Reajuste salarial

O funcionalismo público está com os salários congelados desde 2017 e sofreu mais de 10% de perdas somente em 2021. Pelos cálculos do Fonacate, os salários dos servidores estão defasados em 27,2% e 26,3% dessas perdas foram registradas apenas no governo Bolsonaro. 


Assessoria ADUFPel



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