Universidade Federal de Campina Grande sofre intervenção do governo Bolsonaro
A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é a mais recente Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) a sofrer intervenção do governo Bolsonaro em sua gestão. A Universidade, agora, integra a lista de mais de 20 IFES que estão sob intervenção.
A comunidade acadêmica foi surpreendida no dia 23 de fevereiro com a nomeação, no Diário Oficial da União, do professor Antônio Fernandes como reitor. Ele ficou em terceiro lugar na consulta informal e na lista tríplice enviada ao Ministério da Educação.
Desde então, as entidades representativas têm repudiado a iniciativa autoritária da Presidência da República e do Ministério da Educação (MEC), que desrespeita e ignora a vontade da maioria, que elegeu os professores Vicemário Simões e Camilo Farias como os próximos reitor e vice-reitor da instituição. Diante disso, têm reafirmado seu compromisso e disposição de luta em defesa da democracia e da autonomia universitária.
A situação, de acordo com a ADUFCG (Associação dos Docentes da UFCG - Seção Sindical do ANDES-SN) representa mais um golpe. A entidade, em nota, afirmou que docentes, técnico-administrativos e estudantes “entendem que o resultado do pleito deve ser respeitado, seguindo o direito da autonomia universitária, e servir para nortear a nomeação do reitor e vice-reitor da UFCG”.
“A existência da autonomia universitária é tão importante que foi colocada na Constituição Federal, em seu artigo nº 207, como um direito fundamental para o funcionamento das universidades e instituições federais de ensino. É ela quem garante a livre e plural produção da ciência e do conhecimento a serviço da sociedade, independente de governos e de gestores e deve também servir de princípio para a escolha dos dirigentes universitários”, ressalta o texto.
Assessoria ADUFPel, com informações de ADUFCG
Foto: Reprodução/Leonardo Silva